Método de Newton
É uma forma de se encontrar raízes de uma
função. Para usar esse cálculo e estimar uma raiz da função, devemos escolher
um ponto qualquer e através desse ponto conseguir estimar essa raiz.
Para isso calculamos a derivada do ponto, ou
seja, a tangente da função naquele ponto. Então pode-se prolongar a reta
tangente ao ponto escolhido na curva da função e dessa forma cruzar o eixo das abcissas.
Repetindo esse processo diversas vezes para
diversos pontos, além e após ao ponto escolhido, vemos que a reta tangente
começa a andar no eixo das abcissas e dessa forma começar a observar como tende
as posições onde o y será igual a zero.
Matematicamente falando seria:
Onde Xn é o chute inicial.
Depois continua-se substituindo o valor do chute
inicial pelo valor obtido como resposta da raiz anterior, ou seja:
E assim sucessivamente.
Vamos pensar em um exemplo:
Digamos que temos uma função de terceiro grau
para o cálculo de volume molar de um gás, proveniente de PV=nRT:
Podemos simplifica-la da seguinte forma:
Ou seja, podemos criar símbolos para substituir as
partes que vão indicar valores que podem ser constantes na equação, dessa forma
tornando-a mais simples de visualizar e modelar.
Um meio simples para o uso dessa observação feita por
Newton é a utilização de softwares que possuem planilhas, como o padrão do
office Microsoft, o Excel.
Antes de mostrar como funciona os cálculos, devemos
compreender algumas ferramentas desse software. Nas equações que serão montadas
existe a necessidade de colocar muitos parenteses, abrindo e sempre fechando,
pois se colocarmos uma equação grande em linha, com várias operações, o
software ira executa-las sequencialmente, porém se haver uma parte da equação
separada em parenteses, o cálculo se dá sequencial, mas quando chega na parte
em parênteses ele executa separado, já que algumas vezes a mudança dos fatores
altera o produto. Algumas coisas como o $ será vista com certa constância, pois
indica um dado valor fixo, ou seja, em vez de digitar o valor novamente pode-se
indicar a coluna e a linha, separados pelo $ (exemplo: A$2, C$23...).
Vamos começar declarando os valores de A1, A2 e A3 da
fórmula, utilizamos essas designações, pois são os mesmos valores que indicam
uma célula na planilha.
Na célula A2 declaramos da seguinte forma:
=((8,31451*298)/(200*100000)+(0,03183/1000))
Onde R = 8,31451 (Constante dos gases), t = 298 (Temperatura
em Kelvin), P = 200*100000 (Pressão em bar) e b= 0,03183/1000 (Volume
excluído devido a repulsão de moléculas)
Na célula A3 declaramos da seguinte forma:
=((1,378*1,01325)/(200*(1000^2)))
Onde a = 1,378*1,01325 (Atração entre as
moléculas), P = 200*(1000^2) (Pressão em bar)
Na célula A4 declaramos da seguinte forma:
=((1,378*0,03183*1,01325)/(200*(1000*1000*1000)))
Onde a = 1,378*1,01325 (Atração entre as
moléculas), b= 0,03183/1000 (Volume excluído devido a repulsão de moléculas),
P = 200*(1000^3) (Pressão em bar)
A fórmula ficará da seguinte forma para o cálculo,
onde podemos achar as raízes, ou seja, onde y = 0:
C2 – ((C2*C2*C2
– A$2 *C2*C2 + A$3 *C2 – A$4)/(3 *C2
– 2*A$2*C2+A$3 ))
Depois disso é só arrastar até pela coluna até onde
desejar, ou até onde o valor torna-se constante.
A imagem abaixo demonstra como existe um valor constante, ou seja, conforme se aproxima infinitesimalmente do mesmo o valor torna-se constante.
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