quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Condutividade Elétrica em Soluções de Sulfato de Cobre

Nesse vídeo, é apresentado um experimento bastante interessante, onde pode-se estudar a condutividade de energia elétrica através de uma solução iônica. 

No experimento, são usadas três soluções de Sulfato de Cobre com concentrações diferentes, sendo que o béquer menos concentrado o de coloração mais clara (0,001 mol/L), o intermediário o de coloração esverdeada (0,1 mol/L) e o mais concentrado o de cor azul anil (2,0 mol/L). 



O objetivo do experimento é mostrar que o sistema aumenta a condutividade elétrica com o aumento da concentração de solução de Sulfato de Cobre, sendo que, pode-se observar que a relação concentração x condutividade interfere diretamente na intensidade do brilho de uma pequena lâmpada de LED ligada ao sistema.

O efeito ocorre, devido ao fato de que, o Sulfato de Cobre se dissocia em solução aquosa, formando íons Cu2+ e íons sulfato SO42- que auxilia na condução elétrica. Os íons atraem os elétrons, ficando carregados e, por  necessidade de maior estabilização na solução, os íons se aproximam e dessa forma cria-se um meio mais contínuo para a movimentação elétrica. Logo, com maior concentração de íon no meio, mais fácil se dá a aproximação e dessa forma mais simples a condução elétrica.

Dessa forma, a solução de Sulfato de Cobre age como se fosse uma emenda no fio que se encontra ligado ao sistema elétrico.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

História da Química | Idade Média e a Ciência - Parte 2

Dando continuidade a vídeo-aula sobre história da química, entramos agora no âmbito das invasões árabes no período da idade média.

Nesse período (711 a 1492 d.C.), os árabes rumaram para regiões mais férteis e invadiram partes do Magreb (norte africano), oriente médio, grande parte da península Ibérica e regiões do Mediterrâneo como um todo. Os reinos árabes (califados) duraram por mais de 600 anos, sendo que aos poucos começaram a perder força e sendo substituídos novamente por reinos cristãos.

A nível de ciência, uma das figuras mais importantes foi o califa Kalid ibn Yazid (dinastia Omíada), que ordenou a tradução de todos os documentos alquímicos do grego e latim para o árabe. Isso possibilitou que a alquimia européia se tornasse algo palpável aos árabes. Assim, personagens como al-Razi, Geber e Avicena despontaram como grandes expoentes.

Considerado o pai da alquimia árabe, Geber (721-815 d.C.) foi quem introduziu a ideia de transmutação de metais entre os muçulmanos. Além disso tentou fazer uma caracterização da matéria um pouco mais rebuscada, tentando caracterizar os elementos como dependentes da umidade, secura, calor e frio, ou seja, era baseado nos elementos gregos (água, terra, fogo e vento). Entretanto, a maior contribuição que Geber deu para a ciência foi o desenvolvimento de vidro transparentes, possibilitando assim, a criação de diversas vidrarias.


Outro alquimista muito importante para o mundo árabe foi al-Razi (825-925 d.C.), que estudou muitas frentes da ciência, como astronomia, filosofia, medicina, lógica e metafísica (além de poesia), ele conseguiu criar uma nova definição para os elementos, sendo que, esses agora eram baseados em espíritos (compostos voláteis), corpos (metais sólidos), vitríolos (sulfatos), pedras (rochas), boráxes e sais. 

O alquimista árabe mais famoso foi Avicena (981-1037), também conhecido como o Aristóteles árabe. Dentre suas produções, existe o Cânone de Medicina, o qual foi usado até o século XIX, devido a sua descrição de anatomia e tratamentos ser muito precisa. Na alquimia, Avicena foi um dos primeiros a romper com a ideia de transmutação, ele acreditava em porcentagens de mercúrio (Hg) e enxofre (S) para compor os metais, sendo que, um metal puro seria aquele que fosse compostos pelas porcentagens específicas de Hg e S em suas espécies puras. Dessa forma, o ouro (Au), por ser considerado o metal mais nobre, ele seria composto por Hg e S de extrema pureza, sendo que não poderiam ser encontrados livres na natureza, assim, não seria possível produzir ouro, devido ao fato de não se ter possibilidade de trabalhar com o Hg e S o mais puros possíveis.