A fusão nuclear é diferente de fissão nuclear, uma vez que funde dois núcleo em vez de quebrar um núcleo em dois. Em ambos os processos ocorre a liberação de energia nuclear, em outras palavras, a quebra do núcleo libera uma quantidade de energia potencial, enquanto a fusão de núcleos necessita chegar no estado de mais baixa energia. Logo, quando os núcleos se fundem, há a liberação da energia nuclear, mais a energia utilizada para o processo de fusão. Entretanto, a quantidade de energia necessária para fazer a fusão é superior ao do núcleo do Sol e a pressão criada é da casa de bilhões de toneladas, ou seja, algo que somente ocorre nas estrelas.
No fim do ano de 2022, cientistas dos EUA conseguiram a gigantesca façanha de fundirem núcleos de deutério e trítio, os quais liberaram uma parcela de energia a mais no fim do processo. E isso é algo inacreditável, podemos dizer que eles simularam uma estrela em uma cabeça de alfinete, já que esse foi o tamanho do reator que utilizaram.
Uma ressalva importantes: O que os americanos fizeram é diferente do que os chineses fazem. No caso os americanos estão desenvolvendo a real tecnologia para gerar energia, que é a fusão nuclear rápida. Para isso usam lasers diferentes. Os chineses e os franceses usam a tecnologia conhecida como Tokamak, que é a fusão termonuclear lenta. E utiliza energia em quantidades absurdas por bem mais tempo que a tecnologia dos americanos. Por isso estamos falando de real fonte de energia por via de fusão nuclear.
O Sol chinês apesar de gerar muito calor, ainda é inviável mantê-lo ligado. Muitas vezes a energia extrapolada em comparação com a gasta, não é superior a 9 volts em alguns testes. Não deixa de ser incrível, mas é um exemplo de tecnologia que há anos não consegue deslanchar. Já o que os americanos conseguiram, isso é fenomenal.