terça-feira, 1 de abril de 2025

Mas EXISTEM os FÉRMIONS de MAJORANA?

Os férmions de Majorana são partículas teóricas previstas pelo físico Ettore Majorana em 1937. Diferente de outras partículas, que possuem antipartículas distintas, os férmions de Majorana seriam suas próprias antipartículas. Essa propriedade os torna interessantes para a computação quântica, pois permitem a criação de qubits topológicos, mais resistentes à decoerência e a erros quânticos.  

Na computação quântica, os qubits comuns são muito sensíveis ao ambiente, levando à perda de informação. Os qubits topológicos, baseados em férmions de Majorana, armazenam a informação de forma distribuída e utilizam a estatística não abeliana, onde a troca dessas partículas, processo conhecido como braiding, modifica o estado do sistema sem destruí-lo. Isso permite realizar operações quânticas de forma mais confiável.  

No entanto, nenhum férmion de Majorana foi observado diretamente até hoje. Por esse motivo, pesquisadores utilizam quasipartículas de Majorana, que surgem em certos materiais, como supercondutores e nanofios. Essas quasipartículas reproduzem o comportamento esperado dos férmions de Majorana, permitindo que suas propriedades sejam estudadas e aplicadas na computação quântica.  

Mesmo sem a confirmação da existência dessas partículas, a criação e manipulação de suas quasipartículas já representa um avanço para o desenvolvimento de computadores quânticos mais estáveis e eficientes.

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terça-feira, 18 de março de 2025

Como a Computação Quântica funciona?

Em 1926, o físico austríaco Erwin Schrödinger propôs a equação que leva seu nome, a equação de Schrödinger. Esta equação descreve a evolução temporal das funções de onda em sistemas quânticos e foi um marco importante na compreensão da mecânica quântica. A função de onda em si foi introduzida por Max Born, Werner Heisenberg e Pascual Jordan em 1925 como parte da formulação da mecânica quântica.

Tanto a função de onda quanto a equação de Schrödinger são fundamentais para a descrição e compreensão do comportamento de sistemas quânticos. A função de onda descreve o estado quântico de um sistema e contém toda a informação necessária sobre suas propriedades físicas. Por outro lado, a equação de Schrödinger governa como essa função de onda evolui ao longo do tempo, permitindo prever o comportamento futuro do sistema.

Essas ferramentas matemáticas são amplamente utilizadas em diversos campos da física, da química e da engenharia. Elas são essenciais para a compreensão de fenômenos quânticos, como a estrutura eletrônica dos átomos, a formação de ligações químicas e a propagação de partículas em potenciais quânticos.

No entanto, uma nova fronteira na computação emergiu com a ascensão da computação quântica. Diferentemente da computação clássica, baseada em bits que podem estar em estados de 0 ou 1, a computação quântica utiliza qubits, que podem existir em uma superposição desses estados, graças aos princípios da mecânica quântica.

Os qubits são a unidade básica de informação na computação quântica e são manipulados para realizar operações complexas de processamento de informações. Eles podem ser usados para fatorizar números inteiros, simular sistemas quânticos complexos e otimizar algoritmos, entre outras aplicações. A manipulação dos qubits é realizada através de portas quânticas, que correspondem às portas lógicas na computação clássica.

As portas quânticas são operadores unitários que atuam nos qubits, realizando transformações específicas em seus estados. Elas são análogas às portas lógicas na computação clássica e são fundamentais para a realização de operações lógicas e aritméticas em um computador quântico. Algumas das portas quânticas mais comuns incluem a porta de Hadamard, a porta de Pauli-X, a porta de fase e a porta de CNOT (Controlled-NOT).

Uma característica interessante dos qubits é que, antes de colapsarem para um estado específico, eles correspondem a todas as informações possíveis do sistema, de forma semelhante ao que ocorre com a função de onda na equação de Schrödinger. Isso significa que, enquanto os qubits estão em superposição, eles carregam uma quantidade enorme de informações, que podem ser exploradas para realizar cálculos e processamentos de maneira altamente eficiente.

Na prática, a manipulação dos qubits em um computador quântico muitas vezes envolve a manipulação direta das funções de onda dos qubits, usando técnicas baseadas nos princípios da mecânica quântica. Essa interseção entre a teoria quântica e a prática da computação quântica é essencial para o avanço contínuo da ciência e da tecnologia quânticas.

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sábado, 1 de março de 2025

Estão ocorrendo REAÇÕES NUCLEARES nas estrelas nesse exato instante!

Nos núcleos das estrelas, ocorrem uma série de processos nucleares que são fundamentais para sua existência, brilho e evolução. Aqui estão os principais processos nucleares que ocorrem nas estrelas:


Fusão Nuclear de Hidrogênio:

A fusão nuclear do hidrogênio é o principal processo que alimenta as estrelas ao longo da maior parte de suas vidas. O hidrogênio é convertido em hélio através de uma série de reações nucleares, como o ciclo próton-próton ou o ciclo carbono-nitrogênio-oxigênio, dependendo da temperatura e densidade da estrela.


Fusão de Hélio:

Quando o hidrogênio no núcleo de uma estrela é esgotado, a fusão do hélio se torna o próximo estágio. Nesta fase, núcleos de hélio são fundidos para formar elementos mais pesados, como carbono, oxigênio e até mesmo neônio e magnésio, dependendo da massa e temperatura da estrela.


Fusão de Elementos Mais Pesados:

Em estrelas massivas, a fusão nuclear continua, produzindo elementos ainda mais pesados, como silício, enxofre, ferro e níquel. Isso acontece em diferentes estágios da evolução estelar, dependendo da massa da estrela.


Supernovas e Síntese de Elementos Mais Pesados:

Durante explosões de supernova, que ocorrem no final da vida de estrelas massivas, temperaturas e pressões extremas permitem a síntese de elementos ainda mais pesados, incluindo aqueles além de ferro e níquel na tabela periódica.

Esses processos nucleares liberam enormes quantidades de energia que irradiam para o espaço, proporcionando o brilho e o calor que vemos nas estrelas. Além disso, a síntese de elementos mais pesados nas estrelas e durante as supernovas é responsável pela produção dos elementos químicos que compõem planetas, seres vivos e tudo o mais que encontramos no universo. Em suma, as estrelas são verdadeiras usinas nucleares cósmicas, onde a matéria é transformada em energia e elementos mais pesados ao longo de suas vidas e em seus momentos finais explosivos. 


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sábado, 1 de fevereiro de 2025

Em quê os NÊUTRONS podem ser úteis?

Um nêutron é um hádron, do tipo bárion, formado por 2 quarks D e 1 quark U. A grande diferença entre prótons e nêutrons é que os prótons tem uma carga positiva, e os nêutrons não tem carga. 

Sendo assim, um nêutron muitas vezes é considerado como uma partícula que auxilia na formação da massa dos átomos, uma vez que, se forem somados os números dos prótons e o número de nêutrons presente em um núcleo atômico, torna-se possível determinar a massa do átomo, a qual é dada em unidades atômicas (u). Contudo, a massa atômica é uma consequência da real função dos nêutrons, o qual é agir como uma espécie de amortecedor. 

Os núcleos são compostos por prótons (além dos nêutrons), ou seja, partículas carregadas positivamente e, também, sabemos que as cargas iguais se repelem, contudo, existe uma distância ótima, a qual permite que essas cargas se mantenham próximas, mas sem a repulsão. 

Os nêutrons criam uma estrutura no núcleo dos átomos que, ajudam a encapsular os prótons e, também, a mantê-los afastados o suficiente para que não ocorra uma repulsão grande o bastante para a destruição do núcleo. Ou seja, eles são como amortecedores. Obviamente, essa característica neutra deles se dá devido aos tipos de quarks que o compõem. No caso, a carga do quark U é de 2/3 e, enquanto a carga do quark D é -1/3 e. Como são 2 quarks D, então na somatória fica 2/3 – 2/3, logo a carga dos nêutrons é igual a zero. 

Sendo assim, na maioria das vezes a quantidade de nêutrons no núcleo, acaba sendo maior que a quantidade de prótons, o que tem influência na massa do núcleo ser, em número, um pouco maior que o dobro do número atômico. Entretanto, existem núcleos que se estabilizam muito fortemente, pois os números mágicos também são aplicados aos nêutrons. Os elementos que possuem números mágicos de nêutrons são poucos, totalizando algo em torno de 13 elementos, em outras palavras seus isótopos. E dentre esses, é mais raro ainda os que se apresentam com números mágicos de nêutrons e prótons, o que os tornam muito estáveis, ou seja, é muito difícil de remover um próton do núcleo. São eles: He, O e Ca.

Existem elementos que são formados por números de prótons e nêutrons que são diferentes, mas que se aproximam muito dos números mágicos. São eles: Pb, com 82 prótons e 125 nêutrons, e o Bi, com 83 prótons e 126 nêutrons. 

E, basicamente, desses elementos que possuem um núcleo altamente estável, que surgem as sementes para os elementos transurânicos. Por exemplo, o elemento sintético que tem o maior número atômico é o Oganessônio (Og), o qual foi gerado a partir de um átomo de Ca e de Bk. 

Dos elementos sintéticos, até o Cúrio (Cm), ocorre o bombardeamento no elemento anterior com nêutrons, para dessa forma ocorrer o processo de decaimento beta, do nêutron a um novo próton. Porém, desse elemento para frente, são utilizadas partículas alfa, que são núcleos de He, ou seja, um elemento com números mágicos tanto para prótons quanto para nêutrons. Isso é feito do Califórnio (Cf) ao Mendelevio (Md). A partir do Nobelio (No) são utilizados átomos de Carbono, que é estável, pois possui números iguais de prótons e nêutrons. Isso vai até o Rutherfordio (Rf), que surge da fusão de C + Cf. A partir daqui a massa dos elementos começa a ficar muito grande, ou seja, há a presença de muitos prótons e, como consequência, a quantidade de nêutrons, que são os amortecedores do núcleo, fica muito maior que a de prótons. Logo, os próximos elementos precisam ser fundidos por átomos de elementos sintéticos com átomos de elementos naturais com núcleos massivos e estáveis, como é o caso do Ca, Pb e Bi. 


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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O NÚCLEO ATÔMICO é como uma CONCHA?

O termo "concha nuclear" geralmente está associado à estrutura de camadas de núcleons (prótons e nêutrons) dentro de um núcleo atômico. Isso está relacionado à teoria do modelo de camadas nucleares, que descreve a organização dos núcleons dentro de um núcleo atômico de uma maneira semelhante à organização dos elétrons em camadas ao redor do núcleo em um átomo.

O modelo de camadas nucleares é usado para explicar certas propriedades dos núcleos atômicos, como a estabilidade nuclear e as energias de ligação. De acordo com esse modelo, os núcleons ocupam diferentes camadas, cada uma caracterizada por um número quântico principal (n). Assim como os elétrons em um átomo preenchem camadas eletrônicas, os núcleons preenchem camadas nucleares.

As camadas nucleares são chamadas de "conchas nucleares", e a ocupação dessas conchas influencia as propriedades do núcleo. Cada concha pode acomodar um número específico de núcleons, e quando uma concha é completamente preenchida, isso confere uma estabilidade adicional ao núcleo. O modelo de camadas nucleares é especialmente útil para explicar a estabilidade de certos números mágicos de prótons e nêutrons, nos quais os núcleos apresentam uma maior estabilidade e energia de ligação.

É importante notar que o modelo de camadas nucleares é uma simplificação e pode não explicar completamente todos os detalhes da estrutura nuclear. Outras teorias, como a teoria de campos nucleares, também são usadas para descrever propriedades nucleares.


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