O povo
brasileiro é criado para se divertir, ou seja, tudo na nossa nação gira em
torno de entretenimento, por isso os reality shows fazem tanto sucesso por
aqui.
A primeira coisa a ser ensinada
para um filho seu, é que, nem tudo na vida, nem tudo o que é importante, tem
que ser prazeroso, legal e gostoso de se fazer. Eu tenho formação em educação,
tudo bem que é em uma instituição onde as ementas curriculares são marxistas
(mas fico feliz que consegui perceber isso e, tornei minha formação na área
educacional menos parcial e doutrinada)... E isso me fez perceber que,
realmente, existe a formação visada em menos disciplinaridade e mais em uma
interdisciplinaridade de caráter político e social.
Isso a princípio pode parecer
legal, porém, não permite que o verdadeiro objetivo das diversas matérias do
ensino seja alcançado, objetivo esse que é, criar novas formas cognitivas de se
encarar um mesmo fato, característica essa que já bate de frente com o discurso
errado, de quem, crê que o ensino é ruim pelo fato de ser superficial e tentar
tornar os alunos em especialistas de áreas determinadas.
A disciplina, não tem que ser
divertida ou mesmo, de dar uma super formação (um aluno de química não tem que
sair do ensino médio sabendo entrar em um laboratório e conseguiu fazer uma
síntese orgânica), mas sim, saber que, podemos usar química para compreender
fenômenos da biologia, ou que, química está correlacionada com fatos históricos.
Ou seja, levar ao aluno, informação coerente e que lhe ajude a desenvolver
processos cognitivos. Essa é a interdisciplinaridade sadia. Porém, a
interdisciplinaridade defendida na maioria dos cursos de licenciatura é a de olhar para o meio onde a pessoa vive e, tentar, extrair
informação relevante de um meio "capenga". Não que isso não seja
possível, na realidade é interessante, mas se trabalhado de forma complementar
e não sendo o pilar do ensino.
Antes de se dar uma aula de
química, física, biologia... qualquer matéria, onde, se vai aliar um
experimento ou observação, que, pode ser utilizado meios cotidianos para uma
explicação, deve-se anteriormente, se adentrar no conceito mais rebuscado,
principalmente pelo fato do aluno ter necessidade de aprender no mínimo termos
que se utilizam no universo científico. Logo, o ensino não pode passar por um
processo de desconstrução da disciplinaridade, com finalidade de torna-lo
somente mais atraente.
Por isso, deixo esse conselho,
quando iniciar a criação e educação de seu filho, além dele ter que brincar e
se divertir, pois isso também faz parte do crescimento cognitivo, existe a
necessidade de impor limites e obrigações, para que a criança, desde a
infância, consiga desenvolver esse senso, de que, existem coisas importantes,
que necessariamente, devem ser levadas com seriedade, mesmo que seja enfadonho.
Creio que o maior inimigo da
educação brasileira está ligado com, uma cultura desenvolvida por nós todos,
que diz: "Tudo que é enfadonho queremos distância"... Por isso tantos
feriados, festas, férias e o empurrar com a barriga.
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