Além das aulas de história da química, também pretendo trazer alguns experimentos que eu faço no laboratório e, que podem ter alguma explicação didática para se aplicar em sala de aula. Obviamente, meu objetivo é o de criar maquetes científicas que podem ser aplicadas em ambientes formais e não formais de ensino (já que esse é o meu tema de pesquisa do doutorado em educação), entretanto, existem alguns experimentos que não dão certo de cara e, necessitam de um pouco mais de elaboração, pois, as coisas saem fora de controle facilmente.
Nesse vídeo, mostro um experimento onde uso Permanganato de Potássio (KMnO4), açúcar e energia, com o intuito de liberar chamas, entretanto, o experimento dá errado. Essa energia, vem com o atrito entre os cristais de Permanganato de Potássio (pode ser testado com uma solução de Permanganato de Potássio também) com o açúcar, o que gera então uma reação exotérmica, onde surgem faíscas, que se tornam chamas bastante luminosas.
O problema desse experimento é que o Permanganato de Potássio estava vencido a mais ou menos 24 anos e, não estava havendo a ignição somente com o atrito, então, acreditei que, com a adição de energia externa (no caso fogo), poderia haver a formação de algumas faíscas... Foi um grande erro meu.
Como acreditei que não haveriam chamas, nem mesmo um cadinho eu utilizei (o cadinho é o equipamento correto ara esse tipo de experimento), depositando o Permanganato de Potássio e o açúcar sobre um vidro de relógio (vidraria específica para secagem de sais e não para teste de chamas ou reações exotérmicas).
Devido ao fato de eu não me preparar com antecedência e subestimar o composto químico, ocorreu o acidente que vemos no vídeo. Dessa forma, fica muito claro duas coisas que todo professor de química deve respeitar, sendo o primeiro, o teste prévio do experimento antes de entrar em sala de aula e, o segundo, NUNCA MENOSPREZAR A POTENCIALIDADE DE UM COMPOSTO QUÍMICO, mesmo que no rótulo apareça como vencido.
boas observações!!! adorei o experimento tambem
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