Essa será a primeira postagem de 2019, vou tentar manter um fluxo de ao menos uma postagem por mês. No fim dessa postagem deixo duas perguntas e suas respectivas respostas sobre as vantagens e objetivos de participação de ventos acadêmicos.
Nessa postagem vou dar acesso a um trabalho que fiz e apresentei em um simpósio na cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Esse evento foi o SINECT (Simpósio Nacional de Ensino de Ciências e Tecnologia) e ocorreu dentro do campus da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).
Foto 1 - Capela dentro da UTFPR |
Foto 2 - Biblioteca Tecnológica Affonso Alves de Camargo. |
Foto 3 - Típica árvore (conífera) dessa região do Paraná. |
O meu trabalho teve o título: Estudo do Desenvolvimento do Espírito Científico em Aulas de Química Geral com a Aplicação do Método Científico. Quem quiser pode ter acesso ao PDF nos Anais do evento (basta dar um Control + F e colocar na caixinha de texto o título do trabalho).
Esse simpósio foi bastante interessante pois os trabalhos precisaram ser escritos na forma de artigos de no máximo 8 páginas. A apresentação dos mesmo se baseou em duas formas, no caso pôsteres para alguns trabalhos e para a grande maioria as chamadas sessões dirigidas.
Uma sessão dirigida se baseia em apresentações orais de no máximo uns 5-7 minutos, onde um coordenador organiza as apresentações e cria uma problemática para poder desenvolver uma discussão entre os apresentadores e também com contribuição da plateia. As sessões eram divididas em áreas temáticas, sendo que a várias ocorreram ao mesmo tempo em salas diferentes do campus da universidade.
Além das sessões dirigidas e dos pôsteres, também ocorreram minicursos, mesas redondas, lançamento de livros e palestras com convidados nacionais e internacionais.
Foto 4 - Sensor de temperatura de baixo custo utilizado em microcontroladores (temática do minicurso que fiz durante o evento). |
Qual a vantagem de participar de um evento?
A grande vantagem de participar de eventos como simpósios e congressos, não é somente a de apresentar o que você pesquisa, ou de ver novos trabalhos na sua área temática, mas sim a de criar uma rede de conexão com outros pesquisadores e instituições. Por isso, participar de eventos de abrangência nacional e, principalmente, internacional são ações imprescindíveis para um estudante. A baixo vou deixar 3 exemplos de situações que foram muito proveitosas nesse simpósio.
1) Um amigo que fiz no simpósio, recebeu um convite para tentar um mestrado acadêmico na UTFPR, detalhe, ele é de Manaus (4 mil quilômetros de distância de Ponta Grossa) e somente iria saber que sua área tem um campo forte no Paraná através do evento. Ele então tirou a sorte grande? ... NÃO! ... Isso não tem nada a ver com sorte, mas sim com espírito de querer crescer academicamente.
2) Na casa que fiquei (via Airbnb, o que deu MUITO CERTO!!!), conheci esse meu amigo que citei acima e mais um rapaz que veio da cidade de Araraquara (vizinha de São Carlos, que é onde moro). Durante a janta, nós três desenvolvemos uma discussão muito longa sobre ensino de ciências, ensino especial, epistemologia, abordagens metodológicas, política e até de música. Ou seja, discussões proveitosas como essas só acontecem quando pessoas com diferentes pontos de vista se reúnem, fato esse que dificilmente vai ocorrer dentro de um grupo onde todos pensam da mesma forma.
3) Na minha sessão dirigida conheci uma moça que apresentou um trabalho com temática de ensino de química quântica, o que foi muito interessante, pois eu tenho mestrado em uma abordagem de mecânica quântica chamada DFT - Density Functional Theory (quem se interessar sobre o que pesquisei é só clicar aqui: Dissertação). Após a sessão dirigida ficamos um bom tempo conversando sobre como essa área da química é trabalhada tanto no ensino médio quanto no ensino superior. Como o doutorado dela ruma nessa área, a nossa discussão se mostrou extremamente proveitosa para ela, uma vez que, dificilmente, alguém com o tipo da minha formação se encontra na área de educação. Ou seja, somente em eventos grandes você consegue encontrar gente com formações mais distintas possível.
1) Um amigo que fiz no simpósio, recebeu um convite para tentar um mestrado acadêmico na UTFPR, detalhe, ele é de Manaus (4 mil quilômetros de distância de Ponta Grossa) e somente iria saber que sua área tem um campo forte no Paraná através do evento. Ele então tirou a sorte grande? ... NÃO! ... Isso não tem nada a ver com sorte, mas sim com espírito de querer crescer academicamente.
2) Na casa que fiquei (via Airbnb, o que deu MUITO CERTO!!!), conheci esse meu amigo que citei acima e mais um rapaz que veio da cidade de Araraquara (vizinha de São Carlos, que é onde moro). Durante a janta, nós três desenvolvemos uma discussão muito longa sobre ensino de ciências, ensino especial, epistemologia, abordagens metodológicas, política e até de música. Ou seja, discussões proveitosas como essas só acontecem quando pessoas com diferentes pontos de vista se reúnem, fato esse que dificilmente vai ocorrer dentro de um grupo onde todos pensam da mesma forma.
3) Na minha sessão dirigida conheci uma moça que apresentou um trabalho com temática de ensino de química quântica, o que foi muito interessante, pois eu tenho mestrado em uma abordagem de mecânica quântica chamada DFT - Density Functional Theory (quem se interessar sobre o que pesquisei é só clicar aqui: Dissertação). Após a sessão dirigida ficamos um bom tempo conversando sobre como essa área da química é trabalhada tanto no ensino médio quanto no ensino superior. Como o doutorado dela ruma nessa área, a nossa discussão se mostrou extremamente proveitosa para ela, uma vez que, dificilmente, alguém com o tipo da minha formação se encontra na área de educação. Ou seja, somente em eventos grandes você consegue encontrar gente com formações mais distintas possível.
O que buscar ver num congresso ou simpósio?
Pelo contrário do que se imagina, não é o ideal participar somente de apresentações ligadas a sua área, mas sim buscar trabalhos que visam outras abordagens. Essa estratégia serve para que seu repertório frente a discussão científica cresça e, assim, seus interesses não sejam somente pontuais. Eu por exemplo, além de participar da minha sessão dirigida, a qual tinha o tema de ensino de química, também participei de sessões que envolviam políticas públicas e ensino para surdos, o que me ajudou a tomar melhores rumos quando discuto esses temas atualmente.
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