No Egito antigo houve um momento em que o norte e o sul se unificaram para a adoração de um deus muito poderoso, conhecido como Amon-Rá. Esse deus representava a real unificação dos dois reinos do Egito na figura do Alto Egito (Amon) e do Baixo Egito (Rá). O templo desse deus ficava no Alto Egito, ou seja, onde nascia o rio Nilo, o que forçava muitas pessoas da região costeira marítima fazerem peregrinações até o Sul da região para as festas do deus Amon-Rá.
Para fazer tal percurso essas pessoas precisavam de meios de locomoção, como por exemplo os dromedários. Obviamente, após dias de viagem esses animais necessitavam descansar, dessa forma, ao redor de Luxor (onde ficava o templo de Amon), haviam locais específicos para eles. As montarias, como qualquer animal cansado, comiam e defecavam no lugar, o que promovia o acumulo de um material muito interessante, um sal com cristais cúbicos. Esse sal possui um cheiro muito forte, devido a sua decomposição e liberação do gás NH3, o qual é bastante irritante.
Conforme a dinâmica social alterou o Egito, a religião antiga foi esquecida e, literalmente, soterrada pelas areias do tempo. Graças aos arqueólogos, a história começou a ser recontada no século XIX através de escavações e pesquisas. Durante essas escavações, os pesquisadores acabaram cavando em regiões em que estavam os templos de Amon-Rá, e devido ao grande acúmulo do sal mencionado, uma grande quantidade de NH3 era exalada, pois havia bastante material de origem animal enterrado. Isso promoveu a crença de que aqueles eram os odores do deus Amon. Em outras palavras, eram odores amoníacos ou amoniacais.
Logo, descobriu-se o sal, que era o NH4Cl, ou seja, o cloreto de amônio, e quando decomposto produzia o gás tão irritante, a AMÔNIA (NH3).
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