Nos séculos XIX e XX, aconteceram dois momentos críticos na região de Londres, em que a poluição causou danos na população de forma muito séria. Especifica em 1858 o odor do rio Tamisa era tanto que lembrava um esgoto a céu aberto, além disso, as chuvas se mostravam bastante ácidas, devido as fumarolas de cloreto de hidrogênio (HCl gasoso), promovendo lesões nas pessoas. Com isso, em 1863, o governo considerou imprescindível que as fábricas borbulhassem os gases na água, antes de serem eliminados na atmosfera. Com isso, grande parte do cloreto de hidrogênio que iria reagir com a água da atmosfera, ou na mucosa dos seres vivos, acabava por reagir na água, dentro dos reatores nas fábricas.
Passados quase 100 anos, em 1952, após a segunda guerra mundial, a Inglaterra começou a sua reindustrialização, sendo que precisava usar muito carvão, sendo que, nesse caso, grande parte desse carvão era de baixa qualidade e, quando queimado, liberava muito dióxido de enxofre na atmosfera. Esse gás reagia com com o gás oxigênio da atmosfera, gerando o trióxido de enxofre. Quando o trióxido de enxofre entra em contato com a água, ele também reage e, dessa forma, gera o ácido sulfúrico.
Com a presença de tanto trióxido de enxofre na atmosfera, o qual também era liberado pelas chaminés das casas, fazia com que a população começasse a passar mal, ter queimaduras nas mucosas e serem internados em hospitais. Em espaço muito curto de tempo, mais de 5000 pessoas foram internadas, sendo que muitas acabaram falecendo.
Essa névoa permaneceu sobre Londres por algumas semanas, gerando o caos na cidade, sendo necessário que as pessoas usassem máscara para evitar se intoxicarem.
Atualmente, com o clima de conflito na Europa e, com a falta de gás para aquecer as casas no inverno, muitos países estão voltando a queimar o carvão vegetal e mineral novamente, o que volta a liberar gases como o dióxido e o trióxido de enxofre na atmosfera. Como Londres é uma cidade extremamente húmida e que possui nevoeiro e neblina constantemente nos meses mais frios, a chance de ocorrer novamente uma acidificação da água atmosférica é bastante grande.
A história mostra o que não se deve fazer, ela serve de um alerta eterno, uma espécie de guardião, entretanto, a mesma nem sempre é levada a sério. No fim, as pessoas voltam a sofrer com problemas do passado, pois não souberem interpretar os alertas naturais.
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