Este é um espaço para divulgação dos trabalhos, interpretações, discussões, analises, reflexões e aprendizados desenvolvidos durante o curso de licenciatura em química.
As bactérias púrpuras são seres autótrofos, conhecidas como Tiobactérias, ou seja, se utilizam de enxofre em seu metabolismo. Mais especificamente o termo "TIO", se refere ao enxofre, ou seja, são bactérias sulfurosas. O que as difere das cianobactérias, é que em vez de utilizar água, juntamente com dióxido de carbono (CO2), para a produção de açúcar no processo de fotossíntese, elas usam de um ácido muito similar à água, no caso o Ácido Sulfídrico (H2S). Nesse processo, em vez de liberar gás oxigênio (O2), essas bactérias liberam o enxofre.
Obviamente que elas dependem de água para existirem, uma vez que seu citoplasma é feito de água, entretanto, esse ser vivo conseguiu se adaptar a um meio agressivo, entretanto, que era rico em uma espécie química similar à água.
Observar a existência desse tipo de bactéria abre uma discussão sobre a possibilidade de que em outros planetas possam existir seres vivos que sobrevivam em ambientes inóspitos, como lagos sulfídricos. Todavia, isso não exclui a necessidade da presença da água.
A maior extinção que ocorreu na história do planeta Terra, para a surpresa de muitos, não foi a extinção no fim da era Mesozoica, com diversos eventos geológicos e a queda de uma rocha espacial, a qual matou a maioria dos dinossauros. Na realidade, a maior extinção ocorreu no fim do período Permiano, a mais ou menos 252 milhões de anos atrás, matando cerca de 90% de todos os seres vivos, tanto, seres aquáticos, quanto marinhos.
No caso, nessa época ocorreu um evento de grandes proporções onde hoje conhecemos como os Trapps Siberianos. O termo geológico Trapp, não tem nenhuma relação com “armadilha” do inglês, mas sim com “escadas” do sueco, uma vez que são derrames basálticos oriundos de erupções vulcânicas imensas, as quais se solidificam na forma de escadas, muito similar as pirâmides Astecas.
Essas erupções duraram cerca de 60 mil anos e despejaram na atmosfera quantidades absurdas de substâncias que geram efeito estufa, mas que também auxiliam a geração de ácidos. Conforme a lava basáltica era derramada, ela queimava a vegetação que se encontrava no caminho, o que levava um aumento de carbono na atmosfera, na forma de CO2, o grande problema é que esse CO2 não voltava para o ciclo do carbono. As plantas absorvem o CO2 da atmosfera para auxiliar na produção de alimento, no processo da fotossíntese, entretanto, como esse carbono entra na atmosfera, mas não pode ser absorvido pelas plantas, ele acaba se acumulando. Com essa alta concentração atmosférica no fim do Permiano, aconteceu dois efeitos brutais no nosso planeta.
O primeiro foi o aquecimento, uma vez que além do CO2, os vulcões liberavam grandes quantidade de CH4, ou seja, gás metano, o qual é bem mais efetivo no efeito estufa. Esse processo aqueceu muito o planeta, levando a uma evaporação maior da água dos corpos d’água. A molécula de água é na realidade mais efetiva ainda que o CH4 no efeito estufa, o que promoveu fenômenos de seca extrema, seguido de chuvas torrenciais. O que levou os seres vivos terrestre a começarem a morrer de fome e de sede.
Nos mares, devido ao acumulo de gases como o CO2 e também de gases a base de enxofre, como o SO2 e o H2S, ocorreu a acidificação das águas. Entretanto, diferentemente do que ocorreu na terra, o efeito nos mares foi mais lento, uma vez que as águas possuíam uma certa alcalinidade, o que auxiliou a controlar o processo de acidificação, entretanto, esse efeito foi superado nos últimos 10 milhões de anos do Permianos, o que promoveu a extinção em massa de seres marinhos, como por exemplo, os famosos trilobitas.
O comparativo de velocidade do despejo de gases estufa e ácidos na atmosfera atual com a do Permiano, demonstra que estamos em um ritmo muito mais acelerado, todavia, a quantidade de material expelido nem se compara com aquela época, uma vez que foram mais de 30 gigatoneladas de CO2 na atmosfera e isso durante 60 milhões de anos. É um tempo 60 vezes maior que a existência dos ser humano e 1/3 do tempo de existência dos dinossauros, muito provavelmente o ser humano não conseguiria, nem se tentasse, produzir essa quantidade de gases. Contudo, sempre existe a possibilidade de um cataclismo, algum super vulcão entrar em erupção, como o que se encontra em Yellowstone, nos EUA, e despejar uma quantidade astronômica de gases, que somados ao que o ser humano produz, causaria um estrago muito grande.
Tivemos um exemplo disso no ano de 1991, quando nas Filipinas o vulcão Pinatubo entrou em atividade após 500 anos, sendo a mais poderosa erupção do século XX. Essa erupção liberou muito enxofre na atmosfera, o que a formação de ácido sulfúrico e, diferentes do esperado aquecimento, ocorreu um princípio de inverno nuclear, sendo que as moléculas de H2SO4, refletem a luz do sol. Esse fenômeno foi capaz de baixa a temperatura da Terra em 0,5°C por alguns meses.
Que tal perguntar para um Doutor em Química de verdade?
Nesse vídeo vou responder perguntas deixadas na comunidade do nosso canal. Dentre essas perguntas temos coisas que variaram desde o universo quântico, dos efeitos nocivos da queima de carvão e de como limpar vidraria laboratorial.
Se você tem alguma dúvida sobre ciência, pode deixar nos comentários desse vídeo ou fique atento aos avisos da aba comunidade do nosso canal, pois você sempre pode deixar uma pergunta por lá, que eu tentarei responder em vídeo.
Já se preguntou que o papel só existe pois os seres humanos necessitam se expressar? Pois é! O papel é um produto de desenvolvimento tecnológico, que facilitou o ser humano no registro de informações. Se não existisse esse material, talvez nós não teríamos computadores ou até foguetes hoje em dia.
A história do papel começa com o ser humano escrevendo em paredes de cavernas, mas o problema é que não tinha como levar a parede de uma caverna junto, então, os humanos primitivos usavam as paredes para fazerem sinalizações, indicações e alertas sobre o que havia em uma determinada região.
Com o desenvolvimento da caça e da produção de roupas, o ser humano percebeu que seria possível usar a pele dos animais, se bem esticada e seca, como as paredes das cavernas, mas nesse caso, seria possível levar as escritas junto, uma vez que as pessoas eram nômades.
Com a formação das primeiras aldeias, que surgiam ao longo de rios, foi possível o desenvolvimento do chamado papiro. Essa técnica surgiu ao longo do Rio Nilo, lá no Egito. Tudo se baseava em esmagar o caule da planta Cyperus Papyrus e cozinhar em meio ao vinagre. Após isso as fibras eram prensadas e deixadas secando no Sol. Com as fibras secas era possível criar uma trama que formava uma espécie primitiva de papel. Nas fibras das plantas existe uma substância chamada Lignina e celulose. Essas duas substâncias tem função estrutural na parede celular das plantas, entretanto, a lignina é a que faz a rigidez estrutural. Para que seja possível a produção de uma folha de papiro, era necessário que o ácido acético reagisse com a lignina para desnatura-la e, dessa forma, permitir que as fibras ficassem maleáveis.
Na China, foi onde surgiu o papel que se assemelha mais com o que temos hoje. Esse papel era produzido de uma forma semelhante ao papel reciclado que fazemos em casa. A forma de produção se baseava em triturar madeira, junto de outras fibras, como seda ou crina de cavalo em meio ao vinagre. Esse material se tornava uma pasta, a qual era separada da água, com o auxílio de telas de seda. Com essa pasta na tela, o material era seco ao Sol e, depois disso, removido e enrolado para poder usar para a escrita, a qual é uma atividade muito tradicional na China.
Atualmente, o papel é feito com extração de celulose, com o cozimento de lascas de madeira dentro de digestores. O material é transformado em uma pasta e passa por diversos rolos compressores, esse é o chamado processo Kraft. Entretanto, o material sai de cor parda, havendo a necessidade de passar por um processo de branqueamento (oxidação), com o uso de hipoclorito, oxigênio e peróxido de hidrogênio. Se a celulose não for branqueada ela é usada para a produção do papel pardo, ou papel kraft, muito usado em caixas de papelão.
Os grupos abandonadores são espécies químicas específicas, as quais se encontram ligadas à cadeias carbônicas. Entretanto, esses grupos podem estar mais ou menos fortemente ligados ao átomo de carbono. Essa interação pode ser dificultada se a espécie for pouco volumosa, mas possuir uma densidade eletrônica alta (por exemplo, halogenetos e OH-) , o que promove uma forte ligação entre essa espécie e o carbono. Isso ocorre devido ao fato do grupo ser bastante eletronegativo, o que configura em uma espécie que não é um bom grupo abandonador, ou grupo de saída. Todavia, grupos muito volumosos e que possuem uma densidade eletrônica, relativamente alta, são excelentes grupos abandonadores (como por exemplo a molécula de H2O).
Para um grupo sair facilmente de uma estrutura, pode ocorrer um processo de substituição, em outras palavras, pode ocorrer de uma espécie menor, porém, bastante eletronegativa, conseguir deslocar um grupo abandonador, se o mesmo for muito volumoso.
Todas as profissões possuem um símbolo que as representa, e não é diferente com a Química, a qual tem como seu símbolo algo que pode parecer inusitado, mas que possui muita utilidade e serviu para fazer diversas descobertas, como por exemplo a do ácido sulfúrico. Esse objeto que simboliza a Química é a RETORTA, mais conhecida popularmente como, alambique ou chaleira.
Esse equipamento poderia ser diversos materiais no passado, como o metal, a cerâmica e o vidro, atualmente, nos laboratórios que ainda utilizam a retorta, a mesma é feita de um vidro especial, chamado vidro de borosilicato, o qual aguenta temperaturas muito altas, sem trincar, quebrar ou até mesmo derreter.
Todavia, a retorta não possibilita um controle de energia muito grande, sendo substituída pelos destiladores de vidro. Esses equipamentos possuem acoplado um termômetro, o que facilita muito determinar qual o tipo de gás que está sendo evaporado de uma mistura. Isso se dá pois, se você conhece o material e as substâncias na solução, é possível determinar pelo ponto de evaporação qual substância deseja extrair.
Quando uma substância inicia sua evaporação, a temperatura do sistema se estabiliza até que a mesma seja totalmente evaporada, em outras palavras, enquanto uma substância X está presente, a temperatura para sua separação da solução não permite que o sistema mude a temperatura.
Quando a temperatura altera, é devido ao fato dessa substância ter sido totalmente evaporada e, consequentemente, uma nova substância inicia o processo de evaporação.
A retorta deu origem a chaleira que temos em casa, mas também, serviu de base para o desenvolvimento de toda uma área da Química e da Física, onde se estudam as características térmicas das substâncias. Mesmo sendo um equipamento muito simples, ela ainda está presente no cotidiano científico e em nosso dia-a-dia.
No dia 05/10/2022, três químicos foram laureados com o prêmio Nobel, por desenvolverem a chamada Química Click. São eles: O Dinamarquês Morten Meldal, a Norte-Americana Carolyn Bertozzi e o Norte-Americano e, já vencedor do Nobel de Química de 2001, Barry Sharpless.
Inicialmente, no ano de 2000, de forma independente, Sharpless e Meldal perceberam que moléculas de Azida e de Alcinos, quando catalisadas por espécies de Cobre, ocorria o surgimento de uma estrutura que era capaz de ligar duas pontas de moléculas diferentes, pois o alcino poderia ser saturado pelos pares de elétrons em excesso que existem na azida. Havia somente a necessidade de ligar a azida e o alcino em compostos que se deseja ligar, para que dessa forma surja uma espécie de presilha click entre essas substâncias que não iriam se ligar tão facilmente.
Todavia, o processo se mostrava tóxico, pois usava-se de espécies de íons cobre, que fazem muito mal para os seres vivos, havendo assim a necessidade de desenvolver um processo substitutivo ao cobre. E foi isso o que Carolyn Bertozzi descobriu. Ela percebeu que, se o alcino tivesse a forma de um ciclo, ao reagir com a azida havia muita liberação de energia, o que indicava uma tendência muito forte de formação de ligação. Esse processo é conhecido como Química Bioortogonal.
Sendo assim, unindo a Química Click com a Química Bioortogonal, surgiu uma nova forma de fazer ligações químicas, sendo essa uma forma muito criativa. Por esse motivo, os três cientistas foram laureados com o Nobel de Química.
Nos séculos XIX e XX, aconteceram dois momentos críticos na região de Londres, em que a poluição causou danos na população de forma muito séria. Especifica em 1858 o odor do rio Tamisa era tanto que lembrava um esgoto a céu aberto, além disso, as chuvas se mostravam bastante ácidas, devido as fumarolas de cloreto de hidrogênio (HCl gasoso), promovendo lesões nas pessoas. Com isso, em 1863, o governo considerou imprescindível que as fábricas borbulhassem os gases na água, antes de serem eliminados na atmosfera. Com isso, grande parte do cloreto de hidrogênio que iria reagir com a água da atmosfera, ou na mucosa dos seres vivos, acabava por reagir na água, dentro dos reatores nas fábricas.
Passados quase 100 anos, em 1952, após a segunda guerra mundial, a Inglaterra começou a sua reindustrialização, sendo que precisava usar muito carvão, sendo que, nesse caso, grande parte desse carvão era de baixa qualidade e, quando queimado, liberava muito dióxido de enxofre na atmosfera. Esse gás reagia com com o gás oxigênio da atmosfera, gerando o trióxido de enxofre. Quando o trióxido de enxofre entra em contato com a água, ele também reage e, dessa forma, gera o ácido sulfúrico.
Com a presença de tanto trióxido de enxofre na atmosfera, o qual também era liberado pelas chaminés das casas, fazia com que a população começasse a passar mal, ter queimaduras nas mucosas e serem internados em hospitais. Em espaço muito curto de tempo, mais de 5000 pessoas foram internadas, sendo que muitas acabaram falecendo.
Essa névoa permaneceu sobre Londres por algumas semanas, gerando o caos na cidade, sendo necessário que as pessoas usassem máscara para evitar se intoxicarem.
Atualmente, com o clima de conflito na Europa e, com a falta de gás para aquecer as casas no inverno, muitos países estão voltando a queimar o carvão vegetal e mineral novamente, o que volta a liberar gases como o dióxido e o trióxido de enxofre na atmosfera. Como Londres é uma cidade extremamente húmida e que possui nevoeiro e neblina constantemente nos meses mais frios, a chance de ocorrer novamente uma acidificação da água atmosférica é bastante grande.
A história mostra o que não se deve fazer, ela serve de um alerta eterno, uma espécie de guardião, entretanto, a mesma nem sempre é levada a sério. No fim, as pessoas voltam a sofrer com problemas do passado, pois não souberem interpretar os alertas naturais.
Na história da Ciência, muitas vezes o desenvolvimento de uma nova tecnologia acontece em tempos de conflito, ou para o desenvolvimento de artefatos que podem ser utilizados em conflitos.
Basicamente, a vida de Alfred Nobel e Fritz Haber tem relação com a criação de artefatos que impactaram muito o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da sociedade. A grande diferença é que Alfred Nobel era um pacifista, mas criou a dinamite, enquanto que Fritz Haber não tinha nada de pacifista, mas criou o processo que auxilia no desenvolvimento de fertilizantes utilizando gases da atmosfera.
Alfred Nobel percebeu que sua criação poderia ser usada para a destruição, o que lhe trouxe um grande remorso quando seu próprio irmão foi vítima em um teste com dinamite. Embasado nesse remorso o cientista sueco pede para que sua fortuna seja utilizada para premiar todos aqueles que contribuam grandemente com a Ciência de forma pacifista. Foi daí que nasceu o prêmio Nobel.
Os instintos mais básicos dos seres vivos são o de procurar alimento, se defender e de reprodução. Esses instintos são desencadeados por reações químicas, sendo que nos animais superiores, elas ocorrem em regiões de processo de informação, como o cérebro. Nos neurônios, alguns hormônios são capazes de desencadear pontes para descargas elétricas, que são os neurotransmissores. Esses impulsos informativos fazem com que o corpo do ser vivo fique preparado para situações específicas que poderiam levar mais tempo para se preparar.
Dessa forma, estímulos externos, como sons, aromas, gostos, sensações táteis e imagens, acabam servindo de alertas para a secreção de hormônios na corrente sanguínea. Se o animal se encontra em uma situação de perigo, seus sentidos vão mandar um alerta para que seja liberada, por exemplo, a adrenalina. A adrenalina auxilia o tônus muscular, além de ajudar com que os pulmões possam ganhar um litro a mais de ar.
Mas, em específico, existem alguns hormônios que são secretados pela pele e que liberam odores que servem de sinalizadores para animais da mesma espécie. Essas substâncias são conhecidas como feromônios. A maioria dos animais liberam aromas e odores que podem servir de alerta para pertencentes ao seu grupo, demarcação de território ou como sinalizadores de fertilidade.
A pergunta que fica é: Os seres humanos também são animais, será que também temos feromônios para atrair o sexo oposto?
Diferente dos outros animais, o ser humano teve uma evolução diferente, uma vez que desenvolveu muito o cérebro, o que levou a uma diminuição efetividade de alguns sentidos, como o olfato e a audição. Pelo fato de o cérebro desenvolvido conseguir processar uma quantidade muito grande de informações e dessa forma, até mesmo, conseguir prever situações que vão acontecer, os sentidos humanos começaram a ficar menos desenvolvidos que o dos animais. E isso se dá pela diminuição da produção de células receptoras nos nossos sensores (olhos, nariz, ouvido, língua e pele). Em especial, o olfato praticamente desapareceu, quando comparado com o de outros animais. Com esse decréscimo da produção dessas células olfativas, torna-se muito complicado a percepção de feromônios.
Entretanto, desde a década de 1970, os cientistas buscam descobrir se realmente os aromas liberados pela pele humana tem alguma função atrativa. Foi descoberto que, devido a presença de testosterona em grandes quantidades no corpo masculino, os homens possuem um aroma natural mais almiscarado, enquanto que as mulheres, devido a presença de estradiol, possuem um aroma de pele mais adocicado. A androstadienona, um fragmento da testosterona seria o feromônio masculino, enquanto que o estratetraenol seria o feromônio feminino.
Muito provavelmente, hominídeos anteriores ao homo sapiens, que não tinham um cérebro ainda tão desenvolvido, possuíam mais pelos pelo corpo, e não precisavam de roupas. Não precisando de roupas, o a pele dos mesmos ficava mais exposta o que facilitaria a liberação de aromas. Ou seja, quando se ganha em massa encefálica, se perde alguma proteção específica do corpo.
Entretanto, mesmo que os feromônios não sejam mais tão funcionais nos seres humanos, ainda assim, existem hormônios que se relacionam com a atração. Devido a características sociais, o ser humano é muitas vezes atraído mais por aspectos físicos de um bom(a) reprodutor(a), aspectos de dominância ou de provedor de segurança.
Quando uma pessoa é reconhecida pela outra como um(a) bom(a) parceiro(a), ocorre a liberação de uma série de hormônios, como a beta-feniletilamina, a dopamina, a serotonina, adrenalina e a noradrenalina. Todos hormônios relacionados com luta pela sobrevivência, relaxamento e sentimento de recompensa. Ou seja, são os hormônios que levam ao que se entende como paixão.
A oxitocina é conhecida como hormônio do carinho e, quando liberada junto da adrenalina, auxilia na sensação de prazer durante a cópula nos animais, assim como no ser humano. Essa sensação de prazer liberada no cérebro, leva a vontade de tentar procriar mais e mais vezes, o que evita a possibilidade de extinção de uma espécie.
Os polímeros são os alguns dos materiais mais produzidos anualmente, e muito desses polímeros são sintéticos, ou seja, não existem na natureza. Se esses compostos não existem na natureza, eles não são facilmente reconhecidos por decompositores, mantendo assim, esses materiais intactos por vários e vários anos.
Dentre os polímeros mais comuns estão os plásticos e, infelizmente, eles não degradam facilmente, sendo que, acredita-se que os mesmos duram uns 400 anos. Mas na realidade esse número não é uma certeza, pois o primeiro plástico gerado, em teoria ainda deve existir, uma vez que esses materiais surgiram no ano de 1862.
Com esse material durando tanto tempo, o mesmo acaba se acumulando e indo parar no mar. As águas oceânicas são os lugares onde a grande maioria dos descartes vão parar e, como o plástico não afunda facilmente, ele flutua nas correntes marítimas e entra em vórtices, criando regiões de emaranhamento de plástico. As chamadas ilhas de plásticos.
Algumas dessas ilhas, que se encontram principalmente no pacífico norte e no pacífico sul, são tão grandes, que já ultrapassam o tamanho do Texas e da França.
Como consequência desses continentes de plástico, há impactos ambientais, não somente com o fato de ser sujeira, mas por promover doenças e intoxicar a fauna marinha. Além disso, o ser humano também prejudica a sua saúde de duas formas: Consumindo frutos do mar contaminados com plástico e consumir plástico de embalagem de alimentos.
A ingestão de plástico, principalmente em alimentos quentes, promove a liberação de uma substância orgânica conhecida como Bisfenol, que é responsável por causar doenças muito sérias.
A única forma de diminuir esses problemas causados pelo excesso de plástico é com o consumo de materiais biodegradáveis e materiais recicláveis. Os quais não entram no processo mais problemático de acúmulo de lixo sintético em meio à natureza. Os impactos ainda existem, mas são bem menos brutais como os que vem acontecendo desde a popularização do plástico.
Nada é mais rápido que a luz no vácuo, essa é uma certeza que a natureza nos garante, ou seja, é uma limitação que estamos sujeitos, contudo, dentro de alguns fluidos e materiais, a luz pode passar por certas barreiras físicas, as quais acabam por promover a refração da mesma, o que diminui sua velocidade.
Partículas que podemos dizer, “nativas” de um meio, e que não sofrem desaceleração com a refração, acabam que, naquele meio específico, são mais rápidas que a onda eletromagnética da luz. Em outras palavras, a luz fica mais lenta, com uma velocidade inferior a 300 mil Km/s. A partícula que alcança uma velocidade maior que a luz naquele meio, não está ultrapassando os 300 mil Km/s, mas sim, ultrapassando a velocidade da luz naquele meio. Sendo assim, não ocorre uma violação das leis naturais, com algo sendo mais rápido do que a luz, mas sim, uma “frenagem” da luz.
Nesse processo, existe a liberação de uma luminescência azulada, a qual recebe o nome de radiação de Cherenkov. No caso, não é luz propriamente dita, mas sim uma radiação liberada por partículas. Esse efeito ocorre nos reatores nucleares, que ao serem ligados na água começam a gerar o bombardeamento de partículas. Muitas dessas partículas são arremessadas violentamente, sendo mais rápidas que a luz na água. A percepção disso é a luminescência residual azulada, que é mais rápida que um feixe de luz cruzando a água.
É como se duas lanternas fossem acesas em direção a um tanque de vidro com água. Uma lanterna normal e uma lanterna radioativa. A ideia é que a luz das mesmas cruze a água. A luz da lanterna normal cruza o ar e alcança a água a uma velocidade espantosa, mas o feixe de luz ao cruzar a água sofre refração e, dessa forma a sua velocidade diminui. Enquanto isso, mesmo sendo bem mais lento no ar, em relação ao feixe de luz normal, a luz azulada da lanterna radioativa cruzaria o tanque e a água com muita pouca refração, e acenderia primeiro do outro lado do tanque de vidro.
No Egito antigo houve um momento em que o norte e o sul se unificaram para a adoração de um deus muito poderoso, conhecido como Amon-Rá. Esse deus representava a real unificação dos dois reinos do Egito na figura do Alto Egito (Amon) e do Baixo Egito (Rá). O templo desse deus ficava no Alto Egito, ou seja, onde nascia o rio Nilo, o que forçava muitas pessoas da região costeira marítima fazerem peregrinações até o Sul da região para as festas do deus Amon-Rá.
Para fazer tal percurso essas pessoas precisavam de meios de locomoção, como por exemplo os dromedários. Obviamente, após dias de viagem esses animais necessitavam descansar, dessa forma, ao redor de Luxor (onde ficava o templo de Amon), haviam locais específicos para eles. As montarias, como qualquer animal cansado, comiam e defecavam no lugar, o que promovia o acumulo de um material muito interessante, um sal com cristais cúbicos. Esse sal possui um cheiro muito forte, devido a sua decomposição e liberação do gás NH3, o qual é bastante irritante.
Conforme a dinâmica social alterou o Egito, a religião antiga foi esquecida e, literalmente, soterrada pelas areias do tempo. Graças aos arqueólogos, a história começou a ser recontada no século XIX através de escavações e pesquisas. Durante essas escavações, os pesquisadores acabaram cavando em regiões em que estavam os templos de Amon-Rá, e devido ao grande acúmulo do sal mencionado, uma grande quantidade de NH3 era exalada, pois havia bastante material de origem animal enterrado. Isso promoveu a crença de que aqueles eram os odores do deus Amon. Em outras palavras, eram odores amoníacos ou amoniacais.
Logo, descobriu-se o sal, que era o NH4Cl, ou seja, o cloreto de amônio, e quando decomposto produzia o gás tão irritante, a AMÔNIA (NH3).
Tudo que nos cerca é formado por matéria, sendo que a massa dessa matéria é composta praticamente por partículas barionicas, em outras palavras, prótons.
Entretanto, as observações do universo indicam que o mesmo é composto apenas por 5% de material bariônico. Sendo que 95% é de algo desconhecido. E o mais complicado é que essa coisa desconhecida não é relativística, ou seja, não respeita a ideia de que energia pode ser convertida em matéria. Além disso, essa coisa estranha não libera radiação visível, apenas radiação cósmica de fundo em micro-ondas. Esse tipo de radiação é considerada um fóssil de luz e corresponde à radiação liberada no big bang. Ela compõe cerca de 2% do chiado dos equipamentos eletrônicos que temos em casa. A liberação dessa radiação é o que ocorre com o chamado Corpo-Negro perfeito estudado por Planck. Em outras palavras, pode ser que seja a matéria inicial do universo.
Essa coisa estranha, que não conhecemos, não conseguimos ver ou tocar é a Matéria Escura. Como eu disse nós podemos percebe-la pela emissão de radiação cósmica de fundo em micro-ondas, mas é impossível de interagir com essa matéria. Algumas medidas referente a emissão de radiação indicam que a massa da Matéria Escura corresponde a 2 centésimos da massa do elétron.
Em regiões de baixa densidade de massa no universo, como um planeta ou uma estrela, não é perceptível a Matéria Escura, mas quando se analisa uma grande galáxia é possível observar a emissão externa de radiação cósmica de fundo em micro-ondas, e o desvio do eixo de rotação esperado dessas galáxias, ou seja, apesar de não interagir com a matéria bariônica e nem mesmo com sigo mesma, a Matéria Escura tem relação com a gravidade.
Para tentar ficar mais simples de compreender esse fenômeno, alguns pesquisadores acreditam que deve existir uma partícula fundamental exótica e que não foi possível ainda de ser provada. No caso, os áxions. Os áxions teriam relação com a gravidade e com a força nuclear forte (interação entre quarks e glúons). E sua massa teria que ser a de 2 centésimos a do elétron.
Existem 3 teorias sobre a Matéria Escura: a fria, morna e quente. Sendo a mais aceita a teoria da Matéria Escura fria. Nessa teoria, além de ser aceito a necessidade da existência dos axions, também se discute a presença dos chamados Objetos Supermassivos Compactos, os quais não liberam radiação eletromagnética no comprimento do visível, o que não permite uma fácil detecção. Entretanto, o grande problema é que há a necessidade de haverem trilhões e trilhões desses objetos supermassivos espalhados pelo universo.
Uma teoria mais moderna analisa as ondas gravitacionais para tentar provar a existência dos áxions, que estariam presentes na superfície de buracos negros que se fundem com estrelas de nêutrons, para isso são empregados grandes radiotelescópios, os quais conseguiriam perceber modificações relacionadas com o eixo dessas regiões massivas no universo.
Quarks são partículas elementares Fermiônicas de Símbolo q;
Teorizadas em 1964 por Murray Gell-Mann e George Zweig, Descoberto em 1968 no Centro de Aceleração Linear de Stanford;
Os quarks possuem diversas propriedades: Carga Elétrica (podendo ser +2/3 de carga elementar e -1/3 de carga elementar), Massa, Carga de cor e Spin fracionário (1/2).
Existem 6 tipos de quarks, sendo esses tipos chamados de sabores (up, down, strange, charm, botton e top), sendo que up e down possuem as menores massas do quarks, sendo esses os mais comuns, uma vez que os outros sabores decaem para massas menores.
Os quarks mais pesados somente surgem de colisões de raios cósmicos e nos aceleradores de partículas.
Assim como os elétrons, os quarks também possuem a sua versão oposta, sendo os antiquarks, que possuem propriedades como a carga elétrica, mas com sinal oposto.
Devido ao confinamento de cor, os quarks não são encontrados isoladamente, sendo assim, eles somente são observados nos hádrons, como o grupo dos bárions, que os prótons e os nêutrons fazem parte.
Um próton é formado por 3 quarks, sendo nesse caso, 2 UP e 1 DOWN, contando ainda com os glúons para manter esses sabores unidos. Além disso, na constituição dessa partícula, cada um dos quarks precisam ter uma das cores do confinamento, sendo azul, verde ou vermelho.
Ser extrovertido ou ser introvertido (tímido) tem relação direta com substâncias liberadas no cérebro, sendo essas substâncias os neurotransmissores dopamina e acetilcolina. Eles servem para auxiliar na condução de impulsos elétricos entre os neurônios.
Tanto a acetilcolina, quanto a dopamina são substâncias que auxiliam no prazer, logo, são substâncias que ajudam as pessoas a se sentirem bem, entretanto, as mesmas são liberadas em momentos diferentes, estimulando o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.
O sistema simpático tem relação com manter o organismo ativo e em alerta e, se necessário, preparado para sobreviver, logo, a ativação desse sistema se dá com a liberação de adrenalina, noradrenalina e da própria dopamina. Logo, o sistema simpático é o que se relaciona com o prazer ativado por estímulos externos, caracterizando pessoas mais extrovertidas.
Por outro lado, o sistema parassimpático é ativado com estímulos relacionados com a internalização, logo a pessoa que é mais sensível a acetilcolina, possui uma maior tendência a se sentir bem em locais mais tranquilos, onde podem passar por momentos mais contemplativos.
Vale ressaltar que as pessoas podem ser mais sensíveis a um desses neurotransmissores especificamente, todavia, isso não quer dizer que não são aptas aos efeitos de ambas as substâncias no cérebro.
Átomo: Menor partícula de um elemento químico. Formado por prótons e nêutrons no núcleo e elétrons na estratosfera.
Entretanto essa é uma visão mais moderna.
1) Visão indiana do século VI a.C: Partículas minúsculas que se juntavam em pares e depois em trios para dar origem a objetos mais complexos.
2) Visão grega do século V a.C (Demócrito e Leucipo): Partículas esférica e indivisíveis (átomo), tomando de exemplo a praia como um continuum.
3) Visão de Joseph Thomson (Pudim de passas - 1897): Em um tubo a vácuo um dispositivo elétrico faz com que elétrons sejam excitados para a promoção de raios luminosos, conhecidos como raios catódicos. Esses raios em forma de feixes acabariam sendo afetados na presença de campos eletromagnéticos, o que fez com que Thomson determinasse que a deflexão dos raios seriam mudança de trajetória da partículas muito pequenas e carregadas negativamente. Essa foi a descoberta do elétron, que segundo o cientista se encontrava encrustado na superfície do átomo. Sendo assim o modelo de pudim de passas.
4) Visão de Rutherford (modelo planetário - 1911): A equipe de Rutherford fez um teste com uma folha de ouro e um filme em forma de anel, sendo bombardeada a folha com partículas alfa. A ideia era que fosse possível captar somente na parte frontal e lateral do filme as partículas refletidas, mas os resultados demonstraram que no filme, atrás da folha de ouro, haviam indicativos das partículas. Isso indicou que os átomos não eram partículas sólidas e indivisíveis, mas sim, um corpúsculo que possuía a sua massa concentrada em uma região central e que os elétrons não estariam incrustrados na superfície, mas sim se movendo em órbitas ao redor desse núcleo. Uma vez que parte das partículas alfas foram debatidas e uma parte passou livre.
5) Visão de Bohr (modelo de orbitas - 1913): Bohr trás a ideia de orbitas quantizadas, as quais os elétrons se encontram presos. Entretanto, com a absorção de energia, esses elétrons poderiam saltar de orbitas e retornar a suas órbitas iniciais com a liberação de fótons.
6) Visão de Erwin Schrodinger (modelo matemático - 1926): Os elétrons seriam ondas tridimensionais, uma vez que é impossível obter valores precisos de posição e momento dos elétrons ao mesmo tempo, o que se caracteriza como sendo o princípio da incerteza de Heisenberg. Sendo assim, passou-se a considerar os orbitais como zonas probabilísticas para encontrar um elétron no espaço. Algo semelhante a uma nuvem eletrônica, ou uma densidade de probabilidade. O que levou a um descrédito ao modelo planetário.