terça-feira, 25 de outubro de 2016

Nitrato de Prata em solução com Carbonato de Sódio - exercício de balanceamento e cálculo de massas.

Hoje trago um exercício de Química Analítica bem simples, porém, pode ser um daqueles casos em que os alunos acabam por se confundir em alguma etapa, já que esse exercício é simples, porém, podemos dizer que é simples para um nível mais avançado de aprendizado, uma vez que o aluno precisa ter um bom conhecimento de estequiometria.

Qual a massa de AgNO3 (169,9 g/mol) necessária para converter 2,33 g de Na2CO3 (106,0 g/mol) para Ag2CO3?

O exercício compreende que o aluno é capaz de montar a reação de dupla-troca desses sais, ou seja, deve saber separar a reação em cátions e ânions. Ou seja:


Esse é o primeiro passo que o aluno tem que fazer, sendo que em seguida existe a necessidade de balancear essa reação, então deve-se conhecer o número correto de íons de na reação. Podemos dizer que esse é o passo mais importante do exercício. Ou seja:


Logo, conhecendo o número correto íons, conseguimos balancear a equação, que fica da seguinte forma:


e consequentemente a isso, temos:


Com a equação balanceada torna-se fácil resolver o exercício, uma vez que sabemos a proporção de mols que existem na reação, ou seja, sabemos que para 1 mol de carbonato de sódio, temos 2 mols de nitrato de prata. Então, se utilizando da massa que o exercício nos deu previamente (2,33 g de carbonato de sódio), conseguimos calcular a massa de nitrato de prata utilizando a razão de proporção, ou seja:


Utilizamos então uma regra de três básica e obtemos Y, sendo que Y é a massa de nitrato de prata que se usa para reagir com 2,33 g de carbonato de sódio, sendo que Y é igual a 7,47 g.

Agora se quisermos saber por exemplo a massa de carbonato de prata (275,7 g/mol), também podemos usar a mesma regra de três, porém substituindo a massa do nitrato de prata pela massa do carbonato de prata. Dessa forma:


Logo Z indica a massa do nitrato de prata, que é de 6,06 g para essa reação.

Ou seja, esse é um exercício razoavelmente simples, porém, existem vários passos que necessitam de atenção para que o exercício se dê de forma correta. Para que isso ocorra existe a necessidade do aluno aprender a organizar os passos, por isso é aconselhável o professor tentar usar um bom tempo para explicar um exercício desse tipo. Dessa forma é interessante se desenvolver uma aula temática, onde, o contexto de um dos reagentes seja importante. Um exemplo para isso é explicar o produção de espelhos, uma vez que o carbonato de prata torna-se sólido nessa reação, ou seja, o composto precipita e forma uma camada brilhante e metálica.

Esse exercício foi extraído do livro: Fundamentos de Química Analítica - Skoog - oitava edição.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

História da Química | Civilização Egípcia - Parte 1

E ai pessoal tudo bom?
Aqui estou eu mais uma vez postando um vídeo sobre história da química, nos vídeo dessa semana vamos aprender mais sobre o quanto os egípcios foram importantes para o desenvolvimento da ciência.

Essa aula será dividida em duas partes, essa primeira parte vamos falar sobre Metalurgia, Cerâmica e Vidro, já no segundo vídeo iremos falar sobre Papiro, Cosméticos e Cerveja.




Acredito que o áudio melhorou muito, pois agora estou usando um microfone condensador (dos baratinhos, pois infelizmente ainda estou sem bolsa). Ainda estou usando o esquema de slides para apresentar o texto falado, mas creio que isso é interessante, pois um professor, quando monta uma aula em datashow, acaba por fazer esse mesmo processo que faço nesses vídeos. Também coloquei uma trilha sonora nessa aula (trilha sonora do filme "A Múmia").

Muita gente tem me falado que seria bom os vídeos serem mais curtos, porém, como é uma aula, eles necessitam de um pouco mais de tempo, pois existe um grande número de informação e, creio eu, que aprender química como se fosse mais uma pessoa dando uma aula, cheia de fatos históricos é mais legal (pelo menos eu sou bastante fã). 

Obviamente, essa é uma aula que visa mais aos professores e quem está se formando em curso de ciências, do que aos alunos do colegial, porém, as ideias que são mostradas aqui, servem de quebras de paradigmas e garantir uma forma de criarem conexões visuais entre conteúdo químico e história.