segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Como fazer provas de alternativas de múltipla escolha?

Nem sempre, fazer provas de vestibulares são atividades fáceis, sendo que se exige uma outra competência além do conteúdo específico de cada matéria. Essa competência é o saber fazer provas.

Atualmente é muito comum que as provas de vestibular, concursos e até mesmo de seleção para a pós-graduação sejam no formato de questões com alternativas. Dessa forma é muito importante saber como fazer esse tipo de prova.

Nesse vídeo eu discuto 6 passos importantes que auxiliam em como fazer provas de alternativas de múltipla escolha e que podem ajudar muito a fazer uma boa prova de vestibular.


Os 6 passos são:

1 - Ler a prova inteira (inclusive a proposta de redação) antes de inicia-la: Isso te auxilia a conhecer a prova e já ir traçando uma estratégia para resolve-la. Assim você consegue determinar por qual área ou disciplina iniciar a prova. Além de conhecer a proposta de redação (quando se exige redação no mesmo dia), ler a prova muitas vezes ajuda a ter ideias para compor melhor sua redação, pois, baseando no tipo de questões, você geralmente consegue traçar uma boa estratégia de texto dissertativo. Em outras palavras, a redação se esconde entre as questões.

2 - Iniciar a prova pela área que você tem mais facilidade: Isso, obviamente, vai de pessoa para pessoa, mas é importante não somente iniciar pela área que você considera mais fácil, mas também, pela área que vai te garantir mais pontos. Algumas provas de vestibular atribuem pesos às disciplinas que são correlatas com a sua área escolhida. Por exemplo, em medicina uma matéria que tem peso dobrado é biologia, portanto, conseguir uma boa nota nessa matéria é essencial.

3 - Saber identificar questões que você não sabe responder: Uma das coisas mais importantes a serem pensadas para se fazer provas de múltipla escolha, se relacionam com o fato da prova ter um tempo limitado para ser feita. Dessa forma, você não pode perder tempo em questões que não sabe responder. Saber identificar esse tipo de questão é uma das habilidades mais importantes que se espera de um postulante a uma vaga na universidade. Uma forma de se evitar isso é montar uma estratégia de marcação de respostas, como por exemplo, anotar no rodapé da página o número da questão e a alternativa escolhida. Essa estratégia, além de fazer você ganhar tempo e evitar erros na passagem para o gabarito, te auxilia a identificar o que você não sabe fazer, uma vez que você não tem tempo para ficar voltando e refazendo questões passadas.

4 - Sempre responder as questões se embasando no bom senso: Em geral, sempre existem alternativas em uma questão de múltipla escolha, que são absurdas ou muito extrapolativas, em outras palavras, que são facilmente identificáveis como erradas. Grande parte da resolução de questões, nesse caso, seja de múltipla escolha ou mesmo dissertativas, se passam pela necessidade de se aliar o conhecimento ao bom senso. Nunca deve-se orientar ao absurdo, na resolução de um problema de vestibular. Podem existir questões que estão com caráter das famosas "pegadinhas", entretanto, elas são a minoria nas provas.

5 - Sempre levar em consideração a primeira impressão: Essa dica está relacionada com um momento que você fica em dúvida sobre duas alternativas. Em geral, se você estudou para a prova, além de haver uma confiança mais preponderante, quando se depara com uma questão que gera dúvida, você fica em dúvida entre a alternativa certa e uma "quase certa". Nesse caso, para conseguir escolher da melhor forma possível qual assinalar, é interessante acreditar na questão que deixa a "primeira impressão". Muitas vezes, o conteúdo de uma matéria se encontra salvo em nossa cabeça, entretanto, por causa do nervosismo fica difícil de se lembrar da resposta. Dessa forma, é importante acreditar em sua intuição pois, grande parte do conteúdo fica armazenado no subconsciente e, quando ocorre esse travar, frente uma questão, o subconsciente entra em funcionamento e começa a tentar a chamar nossa atenção para um determinado fato. Esse fato fica explicitado na "primeira impressão".

6 - Se for chutar, chute de forma aleatória: Antigamente, provas como a FUVEST (provas com 10 -12 questões de múltipla escolha por matéria), garantiam ao menos uma ou duas "letras" (alternativas) repetidas no conjunto de respostas (gabarito) de uma matéria. Em outras palavras, se você fosse chutar em uma letra só para uma matéria, teria em torno de 20% a 22% de chance de acertos. Atualmente, esse fato não é mais verdade, sendo que, se atribui mais aleatoriedade do editor das questões, a fim de evitar alguma periodicidade ou estilo pessoal, que possam ser decodificados. Assim, se a prova está chegando ao fim e, não há mais tempo para tentar ler as questões, se usar de bom senso e da primeira impressão... você tem que chutar de forma aleatória, evitando criar padrões. Isso é importante pois, como o editor não se baseia em padrões para fazer a distribuição das alternativas repetidas, é mais garantido acertos se você não tentar chutar em uma única "letra", ou criar um padrão de chute.

Para finalizar, é importante lembrar que essas dicas só surtem efeito se o candidato treinar fazer esse tipo de prova, além de estudar bem o conteúdo de cada matéria. Pode parecer óbvio até, mas esse não é um modelo de como fazer uma pessoa passar no vestibular, mas sim, auxiliar na execução da prova. Sem estudar, nenhum modelo é capaz de fazer milagre!


segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

História da Química | Idade Média e a Ciência - Parte 3

Temos aqui, a terceira e última parte, das aulas que abrangem a História da Química na Europa medieval. 

Nesse vídeo, mostro como se deu a transição entre a alquimia e química e, os responsáveis por essa mudança conceitual. Além disso, são apresentados os tradutores que tornaram os textos árabes compreensíveis para línguas europeias. Dentre eles temos Hermann - o Dalmata, Gerard de Cremona, Bartolomeu da Inglaterra, Vincent de Beauvais e Alberto Magnus (Santo Alberto).


Dentre os primeiros cientistas que trabalharam com química, em sua definição mais próxima de ciência, temos Roger Bacon e Paracelso, os quais já iniciavam uma exclusão de características mágicas dos compostos e, a levarem em conta, efeitos naturais como intrínsecos da matéria. Isso auxiliou na consolidação de uma nova forma de pensamento, na qual, os fenômenos ocorrem devido a existência de leis naturais. Entretanto, antes de chegar aos grandes cientistas formais de química, ainda é apresentado, talvez o último grande alquimista europeu, no caso Nicolas Flamel, que obteve contato com a alquimia pois era um comerciante de livros.

Nicolas Flamel (1330 d.C à 1418 d.C - França)

 Roger Bacon (1214 d.C à 1294 d.C - Inglaterra)


Paracelso (1493 d.C à 1541 d.C - Suíça)

Uma das quebras paradigmáticas que essas vídeo aulas sobre a ciência na idade média tenta trazer, é o fato de que tem-se dito a muito tempo que no período houveram treva e, muito pouco desenvolvimento científico. Fica claro, em uma análise crítica que, a ciência começa a se formalizar e a sair do escopo ligado ao misticismo na idade média. Sendo desenvolvidas muitas inovações na área de medicina, engenharia, agricultura e belicismo.