segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Conhecendo o Hélio

A proposta dessas postagens tem como objetivo montar uma Tabela Periódica em vídeo.O problema é o que essa empreitada se mostra bastante trabalhosa e vai levar um certo tempo para ser finalizada.

Na postagem de hoje vamos discutir um pouco sobre o segundo elemento mais simples da Tabela Periódica, em outras palavras o Hélio.


O Hélio é um elemento químico de símbolo He alocado na família dos gases nobres, ou seja, possui o nível mais externo completo. No caso desse elemento a sua camada de valência se estabiliza com 2 elétrons pois ele está no período 1 da tabela periódica. Dessa forma sua configuração é 1s2. 

Figura 1: Número Atômico do He = 2; Massa Atômica do He = 4,0026 u; Eletronegatividade do Hélio = Desconhecida; Configuração Eletrônica do He = 1s2. 

Ainda falando da estrutura do Hélio, ele possui massa atômica igual a 4 u e o seu número atômico é 2, ou seja, possui 2 prótons no núcleo.

Esse gás é incolor, inodoro, inerte e não é inflamável. Entretanto muito volátil e pouco denso. Ele é muito utilizado para encher balões meteorológicos e por não ser inflamável é o substituto do hidrogênio nos dirigíveis. Um acidente com o hidrogênio no hindemburg fez com que outra alternativa fosse buscada. 

Figura 2: Acidente do Hindenburg devido ao Hidrogênio ser inflamável. 

Além disso ele é usado como fluido de refrigeração de materiais supercondutores, em mergulhos de grandes profundidades.

No que se refere a sua abundância ele só não é mais comum que o hidrogênio no universo, entretanto na Terra só podemos encontrar traços de sua presença. Ele pode ser encontrado em algumas reservas naturais, como o gás natural.

A descoberta do Hélio ocorreu durante um eclipse em 1868 pelo francês Pierre Janssen e pelo inglês Norman Lockyer, que analisaram a cromosfera solar e encontraram uma linha de emissão desconhecida. Dessa forma foi pro posto a esse novo elemento o nome de Helium em homenagem ao deus grego do Sol, no caso Hélio.

O trabalho com o Hélio rendeu o prêmio Nobel ao físico holandês Heike Kamerlingh Onnes que conseguiu produzir hélio líquido esfriando o gás até 0,9 K. Vale ressaltar que 0 K equivale a -273 gaus Celsius. 

Além disso Ernest Rutherford foi um dos responsáveis por provar que as partículas alfa são núcleos de He. Esse fenômeno se baseia no decaimento radioativo do núcleo de um átomo de um outro elemento químico. Sendo que esse elemento passa a ser um novo elemento químico, mas com 2 prótons a menos e com 4 u a menos de massa atômica.



Um último fato interessante sobre esse elemento químico é que o Sol consegue promover a fusão nuclear de dois átomos de hidrogênio e assim produzir átomos de He.


domingo, 25 de novembro de 2018

O Primeiro Obstáculo Epistemológico.

Uma das coisas que mais chamam atenção na aulas de Química são as inesperadas mudanças dos aspectos qualitativos das substâncias. As primeiras características que mais chamam a atenção se relacionam com as mudanças de cores dos compostos e em segundo lugar as mudanças de estado físico dos materiais.

Utilizar essas estratégias para compor uma aula de Química é de extrema necessidade, entretanto, essas características, as quais são conhecidas como evidências de reação, não podem ganhar a importância química por si mesma. Em outras palavras, o efeito do chamado "Primeiro Contato" ou mesmo somente a beleza do fenômeno não pode se tornar mais importante do que o próprio fenômeno.

O efeito do Primeiro Contato é considerado como um Obstáculo Epistemológico, teoria criada pelo filósofo francês Gaston Bachelard. Segundo ele, um Obstáculo Epistemológico seria tudo ou qualquer coisa que fizesse com que um aprendiz desenvolvesse rotas errôneas em relação a um conceito. Bachelard enunciou 10 obstáculos, mas hoje vamos nos concentrar somente no primeiro deles (Primeiro Contato).


Na figura acima temos quatro soluções coloridas de sulfatos. A primeira é de Sulfato de Níquel, a segunda de Sulfato de Cobalto, a terceira de Sulfato de Cobre e a última Sulfato de Ferro. Essas soluções podem ser utilizadas para diversas reações químicas, envolvendo hidróxidos, ácidos e calor. Reações essas facilmente encontradas em livros como o Vogel.

Uma abordagem interessante para com essas substâncias é tentar utiliza-las trazendo alguma coisa do cotidiano que chame a atenção para as evidências de reação. Por exemplo, seria muito simples utilizar arquétipos das cores com a cultura popular. O verde poderia se ligar ao personagem Hulk dos quadrinhos, o vermelho ao Homem Aranha, o azul ao Capitão América e o Amarelo ao Homem de Ferro. Obviamente essa seria uma estratégia que faria os alunos chamarem a Aula de Evidências de reação de Aula dos Vingadores.



A princípio pode parecer muito legal essa abordagem, uma vez que é de extrema criatividade tomar essa temática para compor uma aula que chame a atenção e leve a uma memorização embasada nas cores. Se somente as cores dos personagens servirem de gatilho para a atenção dos alunos para com a aula de evidências de reação, não há problemas, contudo, se a temática se tornar superior ao fenômeno, a mesma adentra no aspecto de Obstáculo Epistemológico.

Um exemplo se dá com o aquecimento do Sulfato de Cobalto, o qual a se desidratar modifica sua coloração, passando de um vermelho forte para um azul escuro, como pode ser visto na figura abaixo.


Essa é a mesma reação do Galinho do Tempo, o qual indica se a atmosfera está úmida ou muito seca embasando na coloração. Se para o aluno a fenomenologia que envolve um complexo não ficar clara o suficiente, toda a problematização e contextualização foi inútil. Na temática da aula dos Vingadores, pode ocorrer um segundo agravante ainda, o aluno pode crer que com o aquecimento a solução do Homem Aranha se transforma na solução do Capitão América. Por isso, antes de se desenvolver uma aula onde o objetivo seja desenvolver as evidências de reação, existe a imprescindível necessidade de se evirar a possibilidade de contextualizações errôneas e a formação de analogias.

Como um todo para Bachelard, o aprendizado pleno somente ocorre quando o aprendiz consegue vencer todos os Obstáculos Epistemológicos em relação a um conteúdo. 

Para mais detalhes sobre os Obstáculos Epistemológicos deixo a seguir o link para download do  livro de Gaston Bachelard: A Formação do Espírito Científico.

domingo, 21 de outubro de 2018

Rápida Biografia de Alfred Nobel

Alfred Nobel nasceu no dia 21 de outubro de 1833 em Estocolmo na Suécia. Entretanto estudou em São Petersburgo na Rússia, se interessando por Química. Por isso resolveu visitar centros de desenvolvimento dessa área da ciência, como França, Estados Unidos e Alemanha. 

Figura 1: Alfred Nobel.

Na França ele conheceu o químico italiano Ascanio Sobrero, o qual havia  descoberto a nitroglicerina. A substância fascinou Nobel devido ao grande potencial da substância na engenharia civil, sendo que durante um período de 10 anos Nobel fez testes com o material, tentando desenvolver um uso seguro para o mesmo. Todavia um acidente em uma explosão levou a óbito seu próprio irmão. 
Figura 2: Ascanio Sobrero, pai da Nitroglicerina.

Dessa forma Alfred Nobel se tornou obstinado a tornar a substância manipulável, descobrindo então que a mesma dissolvida em uma argila a mantinha estável, somente servido acionada com o fornecimento de energia térmica. A esse artefato ele deu o nome de Dinamite, a qual auxiliou e auxilia ainda hoje na construção de túneis e estradas.
Figura 3: Dinamites.

Figura 4: Túnel aberto em meio as rochas de uma encosta.

Entretanto, por não ter herdeiros e ser muito preocupado com o poder destrutivo do material, o qual matou seu próprio irmão, Alfred Nobel deixa em seu testamento indicado que sua fortuna deveria ser utilizada para premiar cientistas que contribuíssem para o desenvolvimento da humanidade.
Figura 5: Prêmio Nobel

Sendo assim, em 1900 foi criada a fundação Nobel em sua memória e que premia anualmente cientistas de diversas áreas. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O que é e para que serve o PNLD?

Como havia dito anteriormente, eu quero fazer um resumo sobre os livros do PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático), mas antes é preciso compreender o que é, por qual motivo e como foi criado o PNLD.


O PNLD se baseia no Decreto 9099 de 18 de Julho de 2017, o qual garante dentro de 3 capítulos todas as atribuições contempladas. No geral, o programa visa distribuir por todo o território nacional livros das disciplinas que enquadram deste o Ensino Fundamental até o Ensino Médio público. Entretanto, existe também a cobertura do programa para instituições filantrópicas e ongs que se vinculam ao governo. Dentre o material didático que o PNLD trabalha, estão enquadrados os livros de todas as disciplinas, além de materiais como os dicionários e softwares educacionais.

O histórico do PNLD é de 1929, sendo que não tinha denominação, sendo que, até 1995 o programa não possuía uma regularidade tanto temporal, organizacional, quanto de séries e disciplinas que poderiam ser contempladas com os livros. Atualmente, o PNLD é o maior sistema de distribuição de algum material pelo Brasil, sendo que supera até mesmo a distribuição de vacinas. Todo o procedimento de logística é encabeçado pelos Correios e cobre mais do que 140 mil escolas por todo o Brasil. Vale ressaltar ainda que o estado de SP recebe os livros, entretanto se utiliza dos chamados "caderninhos", que em teoria auxiliam na contextualização e na construção de aulas por parte dos professores.

O processo de atualização do material didático se dá de forma periódica em ano sim e ano não, sendo que para isso, os livros são analisados por uma junta de especialistas vinculados ao governo, com a finalidade da escolha dos melhores materiais. Para a adição de obras ao PNLD, os autores devem anexar no sistema do MEC o material, para que haja a análise do conteúdo, o qual já é estudado previamente para que uma obra não se destoe bruscamente da outra. 

No que tange as escolas, elas atualmente possuem autonomia para a escolha das obras que serão utilizadas, desde que os professores das disciplinas e o diretor da escola, analisem e indiquem o material que se adeque melhor ao projeto pedagógico da sua instituição de ensino. 

No que se refere ao financiamento de todo os material do PNLD, existe um órgão de fomento competente, denominado FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimentos da Educação), que repassa o dinheiro para a confecção do material, assim como, de sua distribuição.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Nova Proposta: Livros de Química do PNLD.

Tenho notado que um dos posts mais relevantes do blog é a matéria sobre os livros didáticos do curso de Química. Em breve trarei um esquema semelhante para livros de Química do ensino médio e que estão dentro do PNLD.


Para um professor é bastante importante saber qual o livro didático é o melhor para trabalhar. Essa escolha se baseia no estilo do professor e da escola, por isso, conhecer o conteúdo que tem no livro pode melhorar muito a produção de aulas.

Irei fazer uma análise dos livros, não pretendo coloca-los para o download, devido ao fato dos direitos autorais. Entretanto, qualquer professor tem acesso ao livro digital, através de uma chave que o diretor pode pedir no site do MEC.

A princípio o que vale ressaltar sobre esses livros é que eles não são volume único, mas sim, dividido em 3 tomos.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Conhecendo o Hidrogênio

Nesse vídeo eu começo a falar sobre o primeiro elemento da Tabela Periódica dos Elementos, ou seja, vamos falar um pouco sobre o Hidrogênio. O objetivo desse tipo de vídeo e dos vídeos que virão a seguir é o de informar rapidamente sobre características básicas de um determinado elemento, sendo que cada vídeo não deve chegar a 10 minutos de exibição.


Vamos falar do Hidrogênio então!

O Hidrogênio é o elemento mais simples da Tabela Periódica, pois possui um único próton e um único elétron. Ele também é o elemento mais leve dentre todos, pois é constituído por apenas duas partículas.

Devido a essa simplicidade, ele possui características que não se enquadram dentro das famílias da tabela periódica, sendo que ele fica sozinho. Em geral o Hidrogênio se aloca sobre a família dos Metais Alcalinos, entretanto isso só se dá pois todos esses elementos possuem um elétron só na camada de valência, todavia, não são da mesma família.


Vale também ressaltar que o Hidrogênio é o elemento mais abundante do universo e a temperatura ambiente se encontra na forma de gás. Suas características físicas podem ser definidas como as de um gás inodoro, incolor, inflamável e que não se solubiliza na água.

Acredita-se que no Big Bang esse elemento foi o primeiro a surgir e dele vieram muitos outros, através do bombardeamento de raios cósmicos, outras partículas subatômicas e do processo de fusão nuclear com outros núcleos.


domingo, 5 de agosto de 2018

Vamos entender como a pós-graduação usa a verba pública?

Mais uma vez faço uma postagem referente ao alarmante momento que a ciência brasileira passa. No caso, temos um vídeo onde existe a opinião de duas pessoas vinculadas ao meio acadêmico, no caso o meu amigo Kalil Bernardino, que é pós-doutorando na USP da cidade de São Paulo e a minha opinião, que sou doutorando da USP da cidade de São Carlos.
O vídeo é um podcast no início, mas a partir dos 9:48 minutos eu adicionei na integra o vídeo explicativo do Kalil, tendo como objetivo esclarecer, principalmente para a população que não se encontra no meio acadêmico como as coisas funcionam.


É muito importante se informar de como é a burocracia científica, para que todos comecemos a dar mais valor ao esforço gigantesco que nossos pesquisadores fazem com tão pouca verba.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

CAPES diz que pode cortar bolsas de mais de 93 mil alunos e pesquisadores no segundo semestre de 2019.

Hoje (02/08/2018) a instituição de fomento para ensino superior CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) liberou uma notícia que no mínimo é preocupante.

Nessa carta (a qual deixo na integra logo abaixo) o presidente da CAPES Abilio A. Baeta Neves encaminha ao Ministro de Estado da Educação (Rossilei Soares da Silva), um texto explicando que a instituição de fomento está com graves problemas de vencimento e que o orçamento de 2019 não poderá ser condizente com o orçamento de 2018 (embasado na LDO - Lei de Diretrizes Orçamentais). Em outras palavras, 2019 será um ano pobre, uma vez que a tendência é a de que o orçamento do MEC não seja preservado devido a política de corte de gastos.

Isso terá um impacto muito grande na esfera formativa e de desenvolvimento científico do Brasil, sendo que, bolsas serão cortadas no nível de formação de professores (PIBID, ProEB, IES, Parfor), na pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-dourado) e também nos programas de intercâmbio. 


A princípio a carta tem caráter alarmante, mas pode vir a se tornar realidade. 
Entretanto o que provavelmente irá acontecer é que somente as bolsas que seriam oferecidas no segundo semestre de 2019 serão cortadas. As bolsas de pós-graduação em resumo funcionam como um sistema de herança, sendo que a verba depende da quantidade de alunos que defendem no período, em outras palavras, quando uma pessoa sai do programa, existe a possibilidade de repassar a bolsa para uma outra pessoa no mesmo nível. O que tende acontecer é que ao finalizar o tempo de bolsa vigente, esse fomento venha a ser cortado e não repassado. Logo, menos bolsas serão ofertadas para a pós-graduação. 

Além disso, existe a tendência de haverem menos pessoas se candidatando a vagas para mestrado e doutorado. Nesse segundo semestre no IQSC (Instituto de Química de São Carlos) houveram muito poucos candidatos ao mestrado e ao doutorado, sendo esse instituto um dos melhores da América Latina e, consequentemente, um dos mais importantes do Brasil. Esse fato inusitado se relaciona com o fato de que as bolsas como um todo já não possuem um valor suficiente para manter um estudante na cidade de São Carlos, devido aos custos altos com alimentação, serviços básicos, transporte e aluguel. 

O mais complicado é que como existe a exclusividade, assinada em um contrato e até reconhecida em cartório, os estudantes com bolsa não podem ter um emprego, correndo o risco de ter que devolver o valor total da bolsa recebida no período caso o vinculo de exclusividade não seja respeitado. Todavia, se ocorrer de todas as bolsas serem cortadas, muitos pós-graduandos vão sofrer com quebras de contrato imobiliário, pois a grande maioria desses estudantes vivem em residências alugadas longe de casa, pois não são naturais das cidades onde se encontram os campus universitários. Os contratos imobiliários, na maioria, são lavrados para um ano de contrato, sujeito a multa se forem quebrados antes do período.

No que se refere a distribuição de bolsas nas provas de pós-graduação temos:
Em geral, os candidatos mais bem classificados recebem as bosas do CNPq (Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia) e os candidatos subsequentes recebem as bolsas da CAPES. Obviamente é valoroso receber qualquer bolsa, seja CNPq, CAPES ou FAPESP, sendo que o aluno se coloca com exclusividade de enquadramento, ou seja, não pode ter qualquer outra atividade remunerada em qualquer uma delas. As bolsas da FAPESP dependem da escrita de um projeto e excelentes notas do aluno. 


Abaixo a carta na íntegra:


COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR
Setor Bancário Norte (SBN), Quadra 2, Bloco L, Lote 06, Edifício Capes, 13° andar - Bairro Asa Norte, Brasília/DF, CEP 70040-020
Telefone: (61)2022-6004 e 2022-6002 - www.capes.gov.br




Ofício nº 245/2018-GAB/PR/CAPES

Brasília, 01 de agosto de 2018.
Ao Excelentíssimo Senhor
ROSSIELI SOARES DA SILVA
Ministro de Estado da Educação


Nesta
Assunto: Nota do Conselho Superior da Capes ao Ministro do MEC .
Referência: Caso responda este Ofício, indicar expressamente o Processo nº 23038.011597/2018-23.
Senhor Ministro,
O Conselho Superior da CAPES, reunido neste dia 01 de agosto, em debate sobre o orçamento da CAPES para 2019, deliberou pelo encaminhamento da presente manifestação sobre a elaboração da Proposta Orçamentária.
Preliminarmente, este Conselho saúda o empenho do Sr. Ministro no sentido de viabilizar a integridade orçamentária do MEC consagrado no artigo 22 da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2019 (LDO). Esse processo exitoso resultou na manutenção dos valores de 2018 ajustados pela inflação como piso orçamentário para o próximo ano.
Em contraponto a essa importante conquista, foi repassado à CAPES um teto limitando seu orçamento para 2019 que representa um corte significativo em relação ao próprio orçamento de 2018, fixando um patamar muito inferior ao estabelecido pela LDO. Caso seja mantido esse teto, os impactos serão graves para os Programas de Fomento da Agência. Citamos aqui algumas das principais consequências nas linhas de atuação da Capes:

1. Pós-graduação
Suspensão do pagamento de todos os bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado a partir de agosto de 2019, atingindo mais de 93 mil discentes e pesquisadores, interrompendo os programas de fomento à pós-graduação no país, tanto os institucionais (de ação continuada), quanto os estratégicos (editais de indução e acordos de parceria com os estados e outros órgãos governamentais).

2. Formação dos Profissionais da Educação Básica
Suspensão dos pagamentos de 105 mil bolsistas a partir de agosto de 2019, acarretando a interrupção do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) (Edital n° 7/2018), do Programa de Residência Pedagógica (Edital n° 7/2018) e do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) (Edital nº 19/2018).
Interrupção do funcionamento do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e dos mestrados profissionais do Programa de Mestrado Profissional para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB), com a suspensão dos pagamentos a partir de agosto de 2019, afetando os mais de 245.000 beneficiados (alunos e bolsistas - professores, tutores, assistentes e coordenadores) que encontram-se inseridos em aproximadamente 110 IES, que ofertam em torno de 750 cursos (mestrados profissionais, licenciaturas, bacharelados e especializações), em mais de 600 cidades que abrigam polos de apoio presencial.

3. Cooperação Internacional
Prejuízo à continuidade de praticamente todos os programas de fomento da Capes com destino ao exterior.
Um corte orçamentário de tamanha magnitude certamente será uma grande perda para as relações diplomáticas brasileiras no campo da educação superior e poderá prejudicar a imagem do Brasil no exterior.

Diante desse quadro, o Conselho Superior da CAPES apoia e solicita uma ação urgente do Ministro da Educação em defesa do orçamento do MEC que preserve, integralmente, no PLOA 2019 o disposto no Artigo 22 da LDO aprovada no Congresso Nacional.
Respeitosamente,
ABILIO A. BAETA NEVES

Presidente

terça-feira, 10 de julho de 2018

Entendendo a Tabela Periódica dos Elementos Químicos.

Como havia prometido, estou iniciando uma nova série de vídeos, no caso, serão baseados na Tabela Periódica dos Elementos Químicos. Dessa forma, pretendo discutir todas as famílias de elementos da tabela. Entretanto, antes de começar esse trabalho, existe a necessidade de se compreender algumas coisas básicas da organização estrutural da tabela.


É creditado a Dmitri Mendeleiev a criação da Tabela Periódica dos Elementos Químicos, todavia, quando ele começou a organizar os elementos baseados no seu número de prótons, eram conhecidos somente 63 elementos. Dessa forma, a tabela foi sendo construída ao longo do tempo por diversos cientistas, os quais descobriram, ou sintetizaram, novos elementos. Assim, na realidade, Mendeleiev, criou a classificação dos elementos químicos. Uma grande vantagem desse esquema de catalogação era que tornava-se possível prever a existência de outros elementos, uma vez que, o número atômico era sequencial e, único, para cada elemento.

Figura 1: Dmitri Mendeleiev - O pai da Tabela Periódica dos Elementos Químicos.

O número atômico (Z), além de ser o "RG" de cada elemento químico, ele indica a quantidade de prótons que existe no núcleo do átomo de um elemento em particular. Dessa forma, podemos dizer que não existem dois elementos diferentes com a mesma quantidade de prótons.

Em resumo podemos dizer que, a tabela periódica dos elementos químicos, foi uma das ferramentas didáticas mais importantes criadas para a organização dos elementos. Ela possibilita ter uma visão lógica de como os elementos se agrupam, baseando-se em características como, número de elétrons na camada de valência, eletronegatividade, massa e, principalmente, no número atômico.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

História da Química | Idade Moderna e a Ciência - Renascimento (Robert Boyle) - Parte 2


   A Idade Moderna foi um período histórico muito importante para o desenvolvimento do pensamento científico, uma vez que, a forma de se aplicar a pesquisa começa a romper definitivamente com o ocultismo.

    Além de nomes como Galileu Galilei na Itália e Descartes na França, um dos mais relevantes pesquisadores do período, nasceu na Irlanda em uma família de linhagem nobre e, seu nome era Robert Boyle.



      Robert Boyle nasceu no ano de 1627 e foi o primeiro filho do Conce Cork, começou seus estudos em casa, mas logo viajou por toda a Europa, entrando em contato com o trabalho de Galileu e Descartes, além disso, foi muito influenciado por Van Helmont. Em 1661 escreveu, O Químico Cético e, representou um marco no desenvolvimento do pensamento científico. Quando conseguiu uma posição de importância, Boyle ajudou a fundar em 1662 a Royal Society, uma das mais importantes academias de ciências da história.

Figura 1: Robert Boyle.

Figura 2: Royal Society.

     Dentre as diversas contribuições de Boyle para com a ciência, as mais importantes foram:
I - A Lei dos Gases.
II - Indicador Ácido-Base colorido.
III - Melhoramento da Bomba de Vácuo de Otto Von Guericke.
IV - Melhoramento do Termômetro de Galileu.
V - Abaixamento do ponto de ebulição de líquidos no vácuo.
VI - Refutou definitivamente a teoria dos quatro elementos de Aristóteles.
VII - Descobriu a Acetona, a Fosfina, o Fósforo, o Sulfato de Mercúrio e o Álcool Metílico.
VIII - Isolou o Hidrogênio gasoso.
IX - Provou que o ar é uma mistura de gases.
X - Desenvolveu a noção de elementos químicos.

      Todavia, a maior de suas contribuições foi a Lei dos Gases, também conhecida como Lei de Boyle ou Lei de Boyle-Mariotte (Edme Mariotte desenvolveu o mesmo pensamento que Boyle de forma independente no ano de 1676 na França).

Figura 3: Edme Mariotte.
     A Lei dos Gases diz que existe uma relação direta entre pressão e volume (em temperatura constante), sendo que, se a pressão aumentar o volume também tem que aumentar para que a constante seja mantida igual. 

Equação da Lei de Boyle-Mariotte: P x V = k
P = Pressão, V = Volume e k = Constante.

       Entretanto com o aumento da pressão, sem que haja o aumento do volume, a força de pressão é acrescida cada vez mais. Segundo Boyle, essa força exercida se dá pelo fato das partículas que compõem os gases são semelhantes a esponjas ou molas, que possuem uma compressão máxima. Essa ideia é facilmente ilustrado pelo experimento da seringa com o bico tapado. Ou seja, quando mais pressão é oferecida, menos volume se tem e, como consequência, mais resistência das partículas acontece.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Nova Proposta de Vídeos: Vamos Falar de Tabela Periódica?

Em breve vou iniciar uma série de vídeos muito legais, onde vou discutir Tabela Periódica. O objetivo é conseguir deixar essa ferramenta científica mais simples para as pessoas e também, desmistificar os elementos químicos. Para isso pretendo explicar desde coisas bem simples, como as famílias dos elementos e seus períodos, até mesmo como funciona as tendências na tabela.




Obviamente, também trarei a ficha técnica dos elementos químicos e, quando possível, uma amostra do mesmo. Nesse vídeo, que na real é mais um aviso de que vou iniciar essa abordagem em breve, eu já mostro um pouquinho de Mercúrio.

domingo, 13 de maio de 2018

O que é um Ácido e uma Base?

Uma grande dúvida, que pessoas que estão iniciando nos estudos de química, é o de interpretar o que é um ácido e o que é uma base. Historicamente, determinar o que era um ácido e o que era uma base não foi um processo tão trivial, pois tanto os ácidos como as bases podem possuir comportamentos semelhantes. 

Tanto um ácido quanto uma base, podem ser muito agressivos, no que se refere a qualidades corrosivas, ou ainda, na toxicidade e periculosidade, sendo que, o uso sem segurança pode trazer danos perigosos para a saúde.


Inicialmente, a grande diferença que existia para com um ácido e uma base, estava relacionado com o sabor dos mesmos, sendo que, uma substância ácida sempre tinha um sabor azedo (ácido) ou picante, enquanto que, uma base, sempre tinha um sabor adstringente (que causa o amarrar da boca). 

Todavia, não é correto aspirar compostos químicos, ingerir ou mesmo entrar em contato com a pele, pois como foi dito anteriormente, existe toxicidade em ácidos e bases. Dessa forma, havia uma necessidade de se determinar uma teoria, a qual, ajudaria a determinar o que era uma base ou um ácido sem ter que experimentar soluções.

Nesse contexto, dentre de estudos avançados sobre a ionização de compostos, um químico sueco chamado Svante Arrhenius, desenvolveu uma teoria, a qual dizia que:

"Compostos que quando se encontram dissolvidos ou diluídos em água e que possibilitam a passagem de corrente elétrica, são composto que liberam íons na solução, todavia, compostos que não auxiliam na condução elétrica, quando se encontram em solução, não liberam íons no meio."

Dessa forma, surge o conceito de substâncias iônica e substâncias moleculares. Como os ácidos e as bases propiciavam um aumento na condutividade elétrica na solução, isso indicava que os mesmos liberam íons no meio, caracterizando-os como substâncias iônicas.

Svante Arrhenius definiu então que:

"Baseado no fato de que, pequenas quantidades de moléculas água se autoionização, ou seja, produzem íons H+ (Hidrônio) e íons OH- (Hidroxila) no meio, um ácido, por ser um composto que possui o H+, seria o responsável por aumentar a concentração desse íon no meio, enquanto que, uma base, por possuir em sua composição molecular o OH-, seria a espécie responsável por aumentar a concentração desse íons no meio."

Figura 1: Svante Arrhenius foi um químico sueco, que ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1903. Sua teoria auxiliou na compreensão da existência de compostos que produziam espécies com cargas, que só existem em meio aquoso. Essas compostos ganharam o nome de Substâncias Iônicas e as espécies que eram produzidas foram denominadas íons.

Assim, ficou determinado que, dentro da teoria de Svante Arrhenius para ácido e base, todo ácido seria composto por ao menos uma espécie H+, enquanto que, uma base por ao menos uma espécie OH-. Com isso, ao reagir essas espécies, há sempre a produção de moléculas de água e sal. Em outras palavras, os íons Hidrônio e Hidroxila, por serem as espécies que definem um ácido e uma base, respectivamente, ao entrarem em contato, geram água como produto principal da reação e um sal proveniente do Cátion (íon positivo proveniente da base) e do ânion (íon negativo proveniente do ácido).

Um fato interessante, e que tem que ser muito bem frisado, é que um ácido ou uma base, só vão ter seus íons representativos, se e somente se, estiverem dissolvidos ou diluídos em água, uma vez que, um íon somente existe em solução aquosa. Dessa forma, soluções superconcentradas de "ácidos" ou de "bases", os quais não se encontram em solução aquosa, mas sim no estado líquido, não possuem íons no meio, o que, dessa forma, não os caracterizam como espécie ácida ou espécie básica. Por esse fato, quando se abre um frasco de ácido e, verte seu conteúdo sobre alguma outra substância, dá a impressão que o ácido não é tão forte, todavia, deve-se notar que o composto não está realmente liberando o íon H+ no meio, o que realmente é o íon que define um ácido. 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Como Surge a Divulgação Científica - Segunda Parte.

Nesse vídeo, apresento a segunda parte sobre o que é e como surge a Divulgação Científica. No caso, mostro a definição criada por Philippe Roqueplo no ano de 1974, a qual serviu de base para compreender o que estava ocorrendo educacionalmente na segunda metade do século XX.


Além disso, também é criada uma lei no ano de 1980, a qual obrigava todos os canais norte-americanos a terem em sua grade semanal, ao menos um programa da área de ciências. Dessa forma surge em 1980 o programa Cosmos, o qual era apresentado por Carl Sagan e em 1992 o famoso The Beakman's World, apresentado por Paul Zaloom. Nesse escopo surge então um questionamento: Como identificar um programa de Divulgação Científica?

Figura 1: Carl Sagan  X  Paul Zaloom.

O questionamento surge, pois um programa de Divulgação Científica, devia se utilizar de termos corretos de ciências e não de possíveis animismo, o que era e é algo errado didaticamente.

A primeira parte desse texto pode ser encontrada no seguinte link: Como Surge a Divulgação Científica - Primeira Parte.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Chegamos a 100 mil visualizações! Muito Obrigado!

No ano de 2008, quando entrei no curso de licenciatura em química, eu tinha como objetivo compreender a ciência e a natureza de forma mais aprofundada e, ensinar todos os mistério do mundo para futuros alunos, ou seja, eu era muito idealista!

Todavia, essa é uma forma de pensar muito imatura, de quem ainda não sabe o quanto é burocrático e até mesmo "burrocrático" o mundo acadêmico, ou seja, para conseguir aprender, você tem um esforço muito grande vinculado a corresponder essas obrigatoriedades e, para ensinar o esforço é redobrado. Dessa forma, essas necessidades fazem com que a pessoa que tem vontade de se tornar um professor acabe desanimando.

Eu passei por isso obviamente e, uma forma, de trazer mais ímpeto pela busca do conhecimento e também tentar melhorar a empregabilidade no que tange ao ensinar, iniciei esse blog em 2013. Ou seja, já estamos produzindo conteúdo a um bom tempo.

Essa semana, chegamos a um número simbólico, mas muito interessante de visualizações desse blog, o que mostra que, mesmo levando de 5 a 6 anos de produção, foi possível alcançar um bom número de pessoas. Esse número totaliza 100 mil visualizações.


Figura 1: Total de visualização da página no dia 19/04/2018.

Isso não quer dizer que houveram 100 mil pessoas vinculadas às publicações do blog, mas sim, que entre as atuais 76 publicações, tivemos uma distribuição de visualizações bastante relevantes. Dentre o top 5 das publicações mais visitadas temos:

1 - Livros Importantes (atualmente 11794 visualizações);
2 - Química dos Elementos (atualmente 6783 visualizações);
3 - Pilhas Galvânicas e de Concentração (atualmente 3759 visualizações);
4 - Botões da Calculadora (atualmente 3240 visualizações);

Esse blog, foi um passo importante para minha iniciação no mundo acadêmico como professor, pois, me possibilitou explicar conteúdos usando diversas formas de mídias, sendo, escritas, faladas e até mesmo filmadas.

Agradeço a quem visitou o blog e, me sinto feliz se pude ajudar em algum assunto científico ou acadêmico.


terça-feira, 10 de abril de 2018

Como surge a Divulgação Científica? Primeira Parte.

O que é Divulgação Científica?
Essa é uma pergunta que iremos tentar responder nesse vídeo e também em vídeos posteriores, uma vez que o assunto é bastante amplo. Todavia, nesse vídeo, vamos começar com o contexto histórico, que é bastante singular e interessante de ser discutido.


A Divulgação Científica é um fenômeno e atividade que se inicia durante os anos de 1950, principalmente nos EUA, durante o período da Guerra Fria. Nesse período ocorreram desenvolvimentos tecnológicos bastante relevantes e, que ajudaram a formalizar uma mudança no escopo científico.

O primeiro satélite artificial desenvolvido, foi o Sputnik I, baseado em tecnologia Soviética do fim dos anos 1950.

O grande intuito da Divulgação Científica era o de fazer com que a ciência fosse apresentada o quanto antes para às pessoas, sendo que dessa forma, haveria mais probabilidade de inspirar a carreira científica e, assim, a popularizar. Dessa forma, as escolas começaram a se adequar a uma nova metodologia de ensino, conhecida como Ensino por Descoberta. Para que se adequassem a essa nova estratégia, laboratórios e feiras de ciências, começaram a serem comuns nas escolas. Além disso, a mídia começou a fomentar também artigos e programas na área de ficção científica, ajudando em muito na popularização da ciência.

A primeira pessoa a definir o termo Divulgação Científica, foi o francês Philippe Roqueplo, no ano de 1974. Ele tentava explicar o fenômeno da popularização da ciência e, qual a necessidade de ocorrer.

domingo, 25 de março de 2018

Fake News Científica!

Uma das coisas mais graves no que se refere a popularização da ciência, se relaciona diretamente com o fato de que, muitas pseudo-ciências são passadas e repassadas entre as pessoas via redes sociais.

Obviamente, grande parte desse conteúdo não é revisado, sendo que muita gente publica conteúdo "científico", mas que na realidade, não passam de material com intuito de buscar os chamados "clicks", uma vez que, quanto mais acesso em páginas específicas, mais dinheiro via exposição e propaganda é gerado.



Dessa forma, muitas coisas milagrosas são apresentadas, como remédios fantásticos, terraplanismo, ufologia, alquimia, astrologia, dentre muitas outras coisas que remetem muito a chamada pseudo-ciência.

Conteúdos de cunho milagrosos, acabam por chamar muita atenção e, chamando muita atenção, acabam disseminando mentiras e deturpando a imagem do cientista. Todavia, o grande problema não é a geração de receita com as visualizações de páginas, mas sim, com esse fomento da ciência falsa, que acaba por criar a chamada "ignorância científica", a qual deve ser sempre combatida.

A ignorância científica é um fenômeno popular muito grave, pois pode trazer muitos males, uma vez que, uma informação errada pode levar a uma pessoa se intoxicar ou agravar doenças, ou mesmo se embasar em conteúdos que podem prejudica-la.

Com isso, é muito importante buscar as referências de uma informação que diz-se ser científica, ou seja, buscar o artigo científico de onde vem a informação. Se não for possível encontrar um artigo sobre o assunto, sempre coloque a informação em cheque até que a mesma seja provada.

sábado, 10 de março de 2018

Como se preparar para as burocracias da pós-graduação no ingresso do mestrado ou doutorado?

Nesse vídeo, eu explico um pouco sobre como são e, quais são, as burocracias iniciais para começar um curso de pós-graduação, seja mestrado ou doutorado.



Esse tema, eu já abordei em um texto ano passado (Como se preparar para as burocracias da pós-graduação no ingresso do mestrado ou doutorado), entretanto, creio que pode ser interessante utilizar textos mais antigos, na forma de vídeo e áudio, pois nem todos tem muito tempo para ler um conteúdo mais extenso. 

Além disso, consigo manter duas abordagens diferentes para produção de conteúdo e divulgação, o que auxilia bastante a rotação do blog e do canal do YouTube.


terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

História da Química | Idade Moderna e a Ciência - Renascimento - Parte 1

As videoaulas sobre Idade Moderna, ou Renascimento, serão divididas em 3 vídeos, assim como ocorreu com a Idade Média. 

Neste primeiro vídeo, discuto sobre a transição da Idade Média para a Idade Moderna, através de grandes eventos, como a tomada de Constantinopla pelos Otomanos e a descoberta da América. Nesse contexto, de grandes mudanças e constantes conflitos, ocorreram muitas inovações e uma maior abertura do conteúdo científico, o qual ficará recluso com a Igreja, devido a necessidade de tradução dos textos árabes para o latim. Todavia, mesmo iniciando um processo de abertura desse conteúdo científico, esses textos ainda não eram livres para qualquer pessoa, sendo que, somente quem pertencia a uma casta mais nobre ou que tinha garantias financeiras, conseguia manter seus estudos. 


Nesse período a Astronomia começa a ganhar forma dentro do escopo científico, se afastando da astrologia e, cientistas como Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Johannes Kepler contribuíram para o desenvolvimento de teorias que modificaram, aos poucos, a forma como se interpretava a posição celeste dos astros. Essas ideias contribuíram muito para a formalização de uma nova forma de encarar o pensamento lógico e científico, o qual, dependeria diretamente de formalização de métodos de trabalho.

Nicolau Copérnico

Johannes Kepler

Galileu Galilei
Dentro do contexto das novas visões sobre ciência, propostas de métodos foram sendo elaboradas. René Descartes, talvez tenha sintetizado uma das primeiras formas de se desenvolver um método de pesquisa, se embasando no método empírico de Galileu Galilei e no método indutivo de Francis Bacon. Esse novo esquema, de se aplicar a lógica na ciência, torna-se uma das partes mais importantes da definição de pesquisa científica, no que tange à investigação.

René Descartes

Francis Bacon
No que se refere à Química, agora como ciência e, não mais como alquimia, surge Van Helmont como primeiro grande químico. Van Helmont fez diversas contribuições para a ciência, auxiliando na definição de gás e vapor. 

Van Helmont
Ele também desenvolveu métodos de produção de Ácido Sulfúrico, Ácido Clorídrico, Ácido Nítrico e Sulfato de Cobre. Descobriu o Gás Carbônico e o Dióxido de Nitrogênio. Além desses trabalhos, Van Helmont, definiu o processo de combustão.