segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Essas bactérias podem existir em outros planetas!

As bactérias púrpuras são seres autótrofos, conhecidas como Tiobactérias, ou seja, se utilizam de enxofre em seu metabolismo. Mais especificamente o termo "TIO", se refere ao enxofre, ou seja, são bactérias sulfurosas. O que as difere das cianobactérias, é que em vez de utilizar água, juntamente com dióxido de carbono (CO2), para a produção de açúcar no processo de fotossíntese, elas usam de um ácido muito similar à água, no caso o Ácido Sulfídrico (H2S). Nesse processo, em vez de liberar gás oxigênio (O2), essas bactérias liberam o enxofre. 

Obviamente que elas dependem de água para existirem, uma vez que seu citoplasma é feito de água, entretanto, esse ser vivo conseguiu se adaptar a um meio agressivo, entretanto, que era rico em uma espécie química similar à água. 

Observar a existência desse tipo de bactéria abre uma discussão sobre a possibilidade de que em outros planetas possam existir seres vivos que sobrevivam em ambientes inóspitos, como lagos sulfídricos. Todavia, isso não exclui a necessidade da presença da água.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

A maior extinção que ocorreu na Terra não foi a dos DINOSSAUROS!

A maior extinção que ocorreu na história do planeta Terra, para a surpresa de muitos, não foi a extinção no fim da era Mesozoica, com diversos eventos geológicos e a queda de uma rocha espacial, a qual matou a maioria dos dinossauros. Na realidade, a maior extinção ocorreu no fim do período Permiano, a mais ou menos 252 milhões de anos atrás, matando cerca de 90% de todos os seres vivos, tanto, seres aquáticos, quanto marinhos. 

No caso, nessa época ocorreu um evento de grandes proporções onde hoje conhecemos como os Trapps Siberianos. O termo geológico Trapp, não tem nenhuma relação com “armadilha” do inglês, mas sim com “escadas” do sueco, uma vez que são derrames basálticos oriundos de erupções vulcânicas imensas, as quais se solidificam na forma de escadas, muito similar as pirâmides Astecas.


Essas erupções duraram cerca de 60 mil anos e despejaram na atmosfera quantidades absurdas de substâncias que geram efeito estufa, mas que também auxiliam a geração de ácidos. Conforme a lava basáltica era derramada, ela queimava a vegetação que se encontrava no caminho, o que levava um aumento de carbono na atmosfera, na forma de CO2, o grande problema é que esse CO2 não voltava para o ciclo do carbono. As plantas absorvem o CO2 da atmosfera para auxiliar na produção de alimento, no processo da fotossíntese, entretanto, como esse carbono entra na atmosfera, mas não pode ser absorvido pelas plantas, ele acaba se acumulando. Com essa alta concentração atmosférica no fim do Permiano, aconteceu dois efeitos brutais no nosso planeta. 

O primeiro foi o aquecimento, uma vez que além do CO2, os vulcões liberavam grandes quantidade de CH4, ou seja, gás metano, o qual é bem mais efetivo no efeito estufa. Esse processo aqueceu muito o planeta, levando a uma evaporação maior da água dos corpos d’água. A molécula de água é na realidade mais efetiva ainda que o CH4 no efeito estufa, o que promoveu fenômenos de seca extrema, seguido de chuvas torrenciais. O que levou os seres vivos terrestre a começarem a morrer de fome e de sede. 

Nos mares, devido ao acumulo de gases como o CO2 e também de gases a base de enxofre, como o SO2 e o H2S, ocorreu a acidificação das águas. Entretanto, diferentemente do que ocorreu na terra, o efeito nos mares foi mais lento, uma vez que as águas possuíam uma certa alcalinidade, o que auxiliou a controlar o processo de acidificação, entretanto, esse efeito foi superado nos últimos 10 milhões de anos do Permianos, o que promoveu a extinção em massa de seres marinhos, como por exemplo, os famosos trilobitas.

O comparativo de velocidade do despejo de gases estufa e ácidos na atmosfera atual com a do Permiano, demonstra que estamos em um ritmo muito mais acelerado, todavia, a quantidade de material expelido nem se compara com aquela época, uma vez que foram mais de 30 gigatoneladas de CO2 na atmosfera e isso durante 60 milhões de anos. É um tempo 60 vezes maior que a existência dos ser humano e 1/3 do tempo de existência dos dinossauros, muito provavelmente o ser humano não conseguiria, nem se tentasse, produzir essa quantidade de gases. Contudo, sempre existe a possibilidade de um cataclismo, algum super vulcão entrar em erupção, como o que se encontra em Yellowstone, nos EUA, e despejar uma quantidade astronômica de gases, que somados ao que o ser humano produz, causaria um estrago muito grande. 

Tivemos um exemplo disso no ano de 1991, quando nas Filipinas o vulcão Pinatubo entrou em atividade após 500 anos, sendo a mais poderosa erupção do século XX. Essa erupção liberou muito enxofre na atmosfera, o que a formação de ácido sulfúrico e, diferentes do esperado aquecimento, ocorreu um princípio de inverno nuclear, sendo que as moléculas de H2SO4, refletem a luz do sol. Esse fenômeno foi capaz de baixa a temperatura da Terra em 0,5°C por alguns meses. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

15 livros para deixar de ser um ANALFABETO científico!

Já pensou em deixar de ser um ANALFABETO científico?

Que tal começar o ano de 2023 entendendo melhor o mundo? Essa lista de 15 livros é excelente para isso!


Veja o vídeo para entender o que esses livros falam, mas se tiver interesse em ir direto aos livros, a lista de link para obtê-los está logo abaixo:

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Pergunte ao Químico #6: Quântica, Carvão e Laboratório

Você tem alguma dúvida sobre ciências?

Que tal perguntar para um Doutor em Química de verdade?

Nesse vídeo vou responder perguntas deixadas na comunidade do nosso canal. Dentre essas perguntas temos coisas que variaram desde o universo quântico, dos efeitos nocivos da queima de carvão e de como limpar vidraria laboratorial. 


Se você tem alguma dúvida sobre ciência, pode deixar nos comentários desse vídeo ou fique atento aos avisos da aba comunidade do nosso canal, pois você sempre pode deixar uma pergunta por lá, que eu tentarei responder em vídeo.