sábado, 16 de setembro de 2017

Experimento de Galvanoplastia (Cobreação)

Aqui temos mais um vídeo sobre um experimento bastante bonito e que pode ser facilmente preparado para aulas de laboratório, mesmo sem o laboratório, ou seja, em sala de aula mesmo. O professor consegue facilmente montar uma maquete utilizando vidros de compota por exemplo. 



A galvanoplastia, por seu apelo visual, leva a um processo de assimilação mais rápido por parte do estudante, já que ele vê o processo ocorrendo, ou seja, por ser uma reação rápida e até mesmo icônica, faz com que o aluno crie os chamados "frames mentais", que são fotos de fenômenos que ele consegue guardar como lembrança de experiências e não somente como processo decorativo.

Materiais
Solução de Sulfato de Cobre 0,1 mol/L; 
Tensão da fonte em 12 V (usei uma fonte de 12 V, mas com uma fonte de 3 V de celular também é possível montar o experimento, fica somente um pouco mais demorado); 
Eletrodo de Cobre (fio de Cobre de maior espessura para construção civil);
Eletrodo de deposição - aço inoxidável (para evitar reação com a solução de Sulfato de Cobre quando o equipamento não estiver em uso).

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Paulo Freire - Influenciadores e ideologia.

Quando iniciamos nossa carreira em educação, somos apresentados ao Freirismo dentro da universidade. Esse termo Freirismo se remete ao pedagogo brasileiro Paulo Freire, que hoje é considerado mundialmente como o maior expoente em pedagogia, sendo o mais citado dentre os especialistas dessa área. 

Entretanto, existe um contraponto importante no que tange Paulo Freire e que não é discutido.

Atualmente, quando iniciamos uma pós-graduação em educação, é extremamente comum dentro da ementa curricular existirem matérias de cunho marxista e isso se dá pois, o grande expoente da área de pedagogia ser um marxista, em outras palavras, Paulo Freire desenvolveu sua teoria baseada na doutrina marxista. 

Um dos grandes influenciadores de Paulo Freire e, quem sabe o maior influenciador foi Antonio Gramsci. Dessa forma, antes de falarmos sobre o pedagogo brasileiro vamos falar um pouco sobre quem o influenciou. 

Atonio Gramsci foi um político, escritor, filósofo, crítico de literatura e jornalista italiano, nascido na Sardenha a 22 de janeiro de 1891, falecendo em Roma a 22 de abril de 1937. Ganhou influência dentro da política pois escrevia para um jornal marxista no período em que muitos Sardos vinham para a cidade de Turim, onde estava sendo desenvolvido um processo de industrialização. Devido ao fato de se encontrar no mesmo estado de pobreza que essas pessoas, que buscavam sindicatos para se organizarem, Gramsci se afiliou ao Partido Socialista Italiano, iniciando sua careira dentro da política.

Além de sua vida política movimentada, a qual não vou entrar em maiores detalhes, Gramsci desenvolveu teorias as quais foram muito bem aceitas entre as minorias. Entretanto, existia um outro lado da moeda nessas teorias. 

Um dos trabalhos mais citados de Gramsci é a teoria marxista da Hegemonia Cultural, onde em resumo, podemos dizer que existe uma luta de classes existente entre culturas, sendo que uma cultura de uma determinada classe social imprime uma dominação ideológica sobre a outra. No caso, obviamente ele se referia à burguesia e aos operários.

O grande problema da Hegemonia Cultural é que ela ensinou e ajudou a criar um movimento, bastante estudado por Saul Alinsky (um escritor e filósofo que morou nos EUA e que podemos discutir um pouco mais em outra postagem), que expressava o fato de que uma revolução primeiro tem que ocorrer no contexto cultural e depois se alastrar para o meio político, uma vez que, quando se tem uma nova hegemonia cultural, se consegue impor uma nova política.

Dessa forma, se iniciou o que podemos chamar de um semear de pequenas sementes marxistas dentro de todas as principais áreas que representam os pilares da sociedade, ou seja, ideais marxistas começaram a serem plantadas (no início e meio do século XX) dentro das instituições educacionais, religiosas e também políticas. Com o passar do tempo essa "nova cultura" iria crescer (e cresceu!) e abrir caminho para a implantação da mudança política.

No caso, a ideia desses filósofos e políticos era trazer a tona o marxismo na sociedade e sobrepujar outras culturas. A princípio pode parecer irônico o fato de uma ideologia que se diz em prol de uma democratização querer impor uma ideologia única, entretanto, tudo sempre foi muito bem calculado, com o intuito de uma maior dominação de cunho político.

A ideia sempre foi buscar em diversas minorias um poder político e, implantar doutrinas onde essas minorias se identificassem e começassem a crer que sempre pensaram daquela forma. Isso fazia com que essas minorias começassem a perpetuar grupos políticos no poder, pois consideravam que esses grupos visavam as melhorias da sociedade. Obviamente, essa estratégia foi agregada dentro da educação.

Paulo Freire, por mais bem intencionado que fosse, bebeu da fonte dos criadores desse processo de consolidação do marxismo como a base fundamental do que tange a educação. Atualmente, em centros de pesquisa educacional nos países da América Latina, Ásia, Europa e até mesmo EUA, é quase impensável não se usar de estudos marxistas.


Nessa imagem temos uma escultura que se encontra em Estocolmo na Suécia, com alguns expoentes do marxismo, sendo que além de Paulo Freire (segundo da esquerda para a direita) temos Pablo Neruda e também Mao-Tsé-Tung (ditador e genocida chinês). Os ideais marxistas acabam por visar o marxismo como imaculado, logo, quem o exalta não seria um "criminoso", mas sim um revolucionário que buscava a igualdade popular.

Torna-se muito claro que o processo da Hegemonia Cultural foi muito bem implantado na sociedade, principalmente no que tange a educação, sendo que, não existem outras formas de estruturação de cursos de formação de pedagogos sem que esses tenham uma base marxista como o seu único horizonte.

Isso por sua vez, acaba por culminar diretamente nas escolas, que se tornam redutos de marxismo. Obviamente, os culpados pela não existência de uma pluralidade frente às ideologias de esquerda e direita na educação não é de responsabilidade do professor da escola, mas sim, de quem forma esses profissionais, em outras palavras, dos responsáveis pela criação de ementas curriculares de cursos de graduação e também de pós-graduação.

Em próximas publicações iremos dar continuidade a essa discussão e, tentar compreender se existe alguma forma de coibir a consolidação de ideologias dentro da faculdade e consequentemente das escolas e sociedade como um todo. Também vamos discutir um pouco de como Paulo Freire trabalhou sua pedagogia, passando um pouco sobre as ideias de opressão e discussão política como algo importante no processo de construção do cidadão. 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

História da Química | Civilização Grega - Parte 2.

Nessa vídeo-aula darei continuidade a contribuição que a Grécia deu à ciência, entretanto, também já se inicia um pouco sobre a alquimia mais fundamentada, ou seja, temos a introdução à Idade Média. 

Entre o mundo Helênico e a Idade média, obviamente, se tem muitos séculos, entretanto, como esse curso prioriza trazer o mínimo de conhecimento sobre a química em diversos períodos históricos (ou ao menos os mais relevantes), se torna necessário, muitas vezes, darmos esses pulos de centenas e centenas de anos. 



Dessa forma, são apresentados nesse vídeo os elementos químicos que os gregos (helênicos) descobriram, tiveram contato ou foram apresentados.


Esses vídeo-aulas que faço, obviamente, possuem uma abrangência maior para quem já iniciou um curso de ciências, por isso, não fico falando coisas muito básicas, sendo que, um dos objetivos desses vídeos é auxiliar a professores e alunos de licenciatura a terem em mãos uma ferramenta que os ajudem a lembrar de conceitos, ou mesmo entenderem melhor os mesmo.

Dessa forma, tomo por base que quem vê esses vídeos já possuem algum conhecimento prévio, como por exemplo a classificação que mostro (classificação moderna dos elementos), veio muito depois do mundo helênico, com Dmitri Mendeleiev (o qual vamos ver mais para frente). O mesmo vale para características dos átomos dos elementos. Mas para caráter de comparação entre os elementos como eram classificados pelo alquimistas e atualmente pela ciência, creio ser importante para uma melhor compreensão e até quebras de paradigma.