segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Como Surgiu o Papel?

Já se preguntou que o papel só existe pois os seres humanos necessitam se expressar? Pois é! O papel é um produto de desenvolvimento tecnológico, que facilitou o ser humano no registro de informações. Se não existisse esse material, talvez nós não teríamos computadores ou até foguetes hoje em dia. 

A história do papel começa com o ser humano escrevendo em paredes de cavernas, mas o problema é que não tinha como levar a parede de uma caverna junto, então, os humanos primitivos usavam as paredes para fazerem sinalizações, indicações e alertas sobre o que havia em uma determinada região. 

Com o desenvolvimento da caça e da produção de roupas, o ser humano percebeu que seria possível usar a pele dos animais, se bem esticada e seca, como as paredes das cavernas, mas nesse caso, seria possível levar as escritas junto, uma vez que as pessoas eram nômades. 

Com a formação das primeiras aldeias, que surgiam ao longo de rios, foi possível o desenvolvimento do chamado papiro. Essa técnica surgiu ao longo do Rio Nilo, lá no Egito. Tudo se baseava em esmagar o caule da planta Cyperus Papyrus e cozinhar em meio ao vinagre. Após isso as fibras eram prensadas e deixadas secando no Sol. Com as fibras secas era possível criar uma trama  que formava uma espécie primitiva de papel. Nas fibras das plantas existe uma substância chamada Lignina e celulose. Essas duas substâncias tem função estrutural na parede celular das plantas, entretanto, a lignina é a que faz a rigidez estrutural. Para que seja possível a produção de uma folha de papiro, era necessário que o ácido acético reagisse com a lignina para desnatura-la e, dessa forma, permitir que as fibras ficassem maleáveis. 

Na China, foi onde surgiu o papel que se assemelha mais com o que temos hoje. Esse papel era produzido de uma forma semelhante ao papel reciclado que fazemos em casa. A forma de produção se baseava em triturar madeira, junto de outras fibras, como seda ou crina de cavalo em meio ao vinagre. Esse material se tornava uma pasta, a qual era separada da água, com o auxílio de telas de seda. Com essa pasta na tela, o material era seco ao Sol e, depois disso, removido e enrolado para poder usar para a escrita, a qual é uma atividade muito tradicional na China.

Atualmente, o papel é feito com extração de celulose, com o cozimento de lascas de madeira dentro de digestores. O material é transformado em uma pasta e passa por diversos rolos compressores, esse é o chamado processo Kraft. Entretanto, o material sai de cor parda, havendo a necessidade de passar por um processo de branqueamento (oxidação), com o uso de hipoclorito, oxigênio e peróxido de hidrogênio. Se a celulose não for branqueada ela é usada para a produção do papel pardo, ou papel kraft, muito usado em caixas de papelão.

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