terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Filosofia e Lógica

Filosofia e Lógica: A filosofia é chamada de mãe das ciências e seu estudo deveria ser levado mais a sério, pois a mesma explica muito a forma do pensar humano e consequentemente a forma com que a ciência foi desenvolvida e suas formas de pesquisa.

Para que uma das maiores evoluções em questões organizacionais na ciência se de desse, filosofia e a lógica foram os principais pontos de apoio, essa revolução foi o desenvolvimento do Método, proposto por René Descartes.

A filosofia e o ramo do saber que trazia ao homem as perguntas e a lógica era a forma com que os mesmos se utilizavam para responder. Quando estudamos um pouco história da ciência, vemos que na Grécia antiga, em alguns períodos curtos da idade média na Europa, muitas vezes as ideias eram propostas e suas respostas eram embasadas no misticismo. Essa abordagem feita pelos filósofos e pelos alquimistas embasadas nas perguntas do por que um fenômeno ocorria e usavam o misticismo para responder, é porque a lógica desse período se baseava no misticismo. 

A princípio pode parecer muito estranho essa abordagem, pois o misticismo usa critérios sobrenaturais para responder as dúvidas criadas frente a um problema, porém, a busca pela resposta de algo não compreensível em dado momento da história e usando um critério que naquele momento não podia ser refutado, não causou uma estagnação intelectual (pois se fosse assim a Europa ainda estaria vivendo na idade média). 

Percebe-se que como a natureza sempre arruma um caminho para se perpetuar, a ciência (que defino como a busca de respostas para perguntas que antes foram respondidas de formas dogmáticas em um dado período histórico) também flue na direção de evolução.

Portanto pode-se dizer que a lógica para a explicação de fenômenos não compreensíveis, mas que eram respondidos usando-se o misticismo, comprova que a própria lógica do período era o misticismo.

Podemos ver que mesmo em momentos muito mais próximos do século XXI ainda várias respostas acabaram por ser respondidas de forma dogmática, como o estudo das partículas que não se comportavam trivialmente frente a mecânica clássica. Essa resposta se deu com o desenvolvimento de uma "outra" frente, ou seja, para escapar do postulado, desenvolveu-se uma outra abordagem que trouxe uma nova lógica.

Fica claro que a filosofia se baseia então no ato de perguntar e usar o que for mais simples e lógico para chegar a uma resposta que faça algum sentido. Essas perguntas recebem o nome de premissas e se desenvolvem no mecanismo que é conhecido como silogismo, que Aristóteles usava na Grécia antiga.

O silogismo aristotélico trás a ideia de observar um fato e analisar a premissa. Um exemplo simples:

"Se todo primata é um mamífero"
"E todo homem é um primata"
"Logo todo homem é um mamífero "

Vemos que a construção lógica da situação nos leva a uma resposta verdadeira. Também podemos montar a estrutura baseada em  letras que possam generalizar melhor as premissas e dessa forma que a estrutura fique mais simples de se observar.
"Se todo A é um B"
"E todo C é um B"
"Logo todo C é um A"

Substituindo as letras pelos sujeitos ou objetos em questão, podemos perceber uma certa lógica matemática na estrutura:

Se A = B e B = C, logo A = C

Mas esse é somente um exemplo simples. Compreender bem a lógica, ajuda muito na interpretação matemática, já que é praticamente impossível separar uma da outra.

Essas ideias levaram e ajudaram as pessoas a terem um pensamento mais refinado frente as perguntas feitas a uma observação que não tinha explicação. Com isso o método se desenvolveu e tornou-se uma grande ferramenta na pesquisa.

René Descartes, filósofo, físico e matemático francês
O método pode ser dividido em etapas:
- Ao observar um fenômenos buscar racionalizar a sua justificativa, sabendo se os dados são de boa procedência.
- Dividir o assunto em partes para que a analise se dê o mais completa possível (mesmo que leve muito tempo o estudo).
- Formular respostas e conclusões embasadas em objetos e observações que se organizem em um contexto que vai do mais simples até o mais complexo.
- Analisar, enumerar e revisar todas as conclusões para que no fim do estudo nada tenha sido omitido.

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