quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Método de Newton - Determinação de raízes


Método de Newton
É uma forma de se encontrar raízes de uma função. Para usar esse cálculo e estimar uma raiz da função, devemos escolher um ponto qualquer e através desse ponto conseguir estimar essa raiz.

Para isso calculamos a derivada do ponto, ou seja, a tangente da função naquele ponto. Então pode-se prolongar a reta tangente ao ponto escolhido na curva da função e dessa forma cruzar o eixo das abcissas.

Repetindo esse processo diversas vezes para diversos pontos, além e após ao ponto escolhido, vemos que a reta tangente começa a andar no eixo das abcissas e dessa forma começar a observar como tende as posições onde o y será igual a zero.

Matematicamente falando seria:

Onde Xn é o chute inicial.



Depois continua-se substituindo o valor do chute inicial pelo valor obtido como resposta da raiz anterior, ou seja:



E assim sucessivamente.



Vamos pensar em um exemplo:
Digamos que temos uma função de terceiro grau para o cálculo de volume molar de um gás, proveniente de PV=nRT:

Podemos simplifica-la da seguinte forma:




Calculando a derivada, ou seja, a tangente (declive da curva):





Ou seja, podemos criar símbolos para substituir as partes que vão indicar valores que podem ser constantes na equação, dessa forma tornando-a mais simples de visualizar e modelar.

Um meio simples para o uso dessa observação feita por Newton é a utilização de softwares que possuem planilhas, como o padrão do office Microsoft, o Excel.

Antes de mostrar como funciona os cálculos, devemos compreender algumas ferramentas desse software. Nas equações que serão montadas existe a necessidade de colocar muitos parenteses, abrindo e sempre fechando, pois se colocarmos uma equação grande em linha, com várias operações, o software ira executa-las sequencialmente, porém se haver uma parte da equação separada em parenteses, o cálculo se dá sequencial, mas quando chega na parte em parênteses ele executa separado, já que algumas vezes a mudança dos fatores altera o produto. Algumas coisas como o $ será vista com certa constância, pois indica um dado valor fixo, ou seja, em vez de digitar o valor novamente pode-se indicar a coluna e a linha, separados pelo $ (exemplo: A$2, C$23...).

Vamos começar declarando os valores de A1, A2 e A3 da fórmula, utilizamos essas designações, pois são os mesmos valores que indicam uma célula na planilha.


Na célula A2 declaramos da seguinte forma:
=((8,31451*298)/(200*100000)+(0,03183/1000))
Onde R = 8,31451 (Constante dos gases), t = 298 (Temperatura em Kelvin), P = 200*100000 (Pressão em bar) e b= 0,03183/1000 (Volume excluído devido a repulsão de moléculas)


Na célula A3 declaramos da seguinte forma:
=((1,378*1,01325)/(200*(1000^2)))
Onde a = 1,378*1,01325 (Atração entre as moléculas), P = 200*(1000^2) (Pressão em bar)


Na célula A4 declaramos da seguinte forma:
=((1,378*0,03183*1,01325)/(200*(1000*1000*1000)))
Onde a = 1,378*1,01325 (Atração entre as moléculas), b= 0,03183/1000 (Volume excluído devido a repulsão de moléculas), P = 200*(1000^3) (Pressão em bar)


A fórmula ficará da seguinte forma para o cálculo, onde podemos achar as raízes, ou seja, onde y = 0:
C2 – ((C2*C2*C2 – A$2 *C2*C2 + A$3 *C2 – A$4)/(3 *C2 – 2*A$2*C2+A$3 ))


Depois disso é só arrastar até pela coluna até onde desejar, ou até onde o valor torna-se constante.
A imagem abaixo demonstra como existe um valor constante, ou seja, conforme se aproxima infinitesimalmente do mesmo o valor torna-se constante.

 

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